quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Há um ano do massacre de Gaza!

Palestina Livre!


Essa luta é de todos nós.

(Nota Política do PCB)






O próximo dia 27 de dezembro marca um ano da invasão genocida do Estado de Israel à Faixa de Gaza, que destruiu toda a infraestrutura da região, saneamento, distribuição de água e eletricidade, comunicação e rodovias, além de escolas, creches, hospitais, dezenas de milhares de residências e centenas de prédios públicos.

A insana investida israelense ocorreu às vésperas da posse do então recém eleito presidente dos EUA, Barack Obama, candidato pelo Partido Democrata, que, durante a campanha, havia prometido uma mudança radical na política externa norte- americana, incluindo a retirada das tropas estadunidenses do Iraque e do Afeganistão, além do reconhecimento do Estado Palestino e do fim dos conflitos na região.

Passado um ano, nada disso ocorreu. Ao contrário, o que se vê é justamente o recrudescimento da agressividade imperialista na região do Oriente Médio.

A população da Faixa de Gaza foi submetida a um dos maiores ataques por terra e ar desde o fim da 2ª Guerra Mundial. Mais de uma tonelada de bombas foram despejadas por dia sobre um povo indefeso, em condições desiguais para combater.

Além dos ataques militares, Israel aumentou o cerco a Gaza, proibindo a entrada de remédios e alimentos durante dias, o que agravou sobremaneira a condição de penúria do povo palestino, vítima de um verdadeiro genocídio.

Até hoje, diversos hospitais operam em condições precárias, falta distribuição de água em várias partes de Gaza e o embargo a diversos produtos de primeira necessidade ainda continua nas fronteiras policiadas por Israel.

De tudo o que se tentou destruir, a única coisa que não se abalou foi a determinação do povo palestino em resistir heroicamente, como tem feito há décadas contra a invasão israelense, promovida e apoiada pelo imperialismo, sobretudo o norte-americano.

A cada dia que passa cai mais a máscara de Obama, cujas promessas de campanha para o Oriente Médio não passaram de palavras ao vento: mantém-se o processo de opressão e o quadro de instabilidade na região. Acima do discurso fácil de campanha eleitoral, estão os interesses das grandes empresas bélicas e do petróleo, que de fato mandam na Casa Branca e operam as ações no Oriente Médio.

Nós do PCB sempre estivemos ao lado dos povos que lutam contra a opressão e o domínio imperialista em seus territórios. Estivemos ao lado do povo palestino em todos os momentos mais difíceis da sua resistência e luta política e não será diferente enquanto não se conquistar a autonomia do Estado Palestino.

Conclamamos toda a nossa militância e as organizações internacionalistas a promoverem atos de solidariedade aos povos do Oriente Médio que lutam contra as ocupações e imposições imperialistas e, em especial ao povo palestino que, a cada ataque, a cada ação fascista do Estado de Israel e dos EUA, nos dão uma lição de heroísmo, resistência e persistência pelo direito de viver em sua terra, com paz, liberdade e dignidade.

Comitê Central do PCB.

Dezembro de 2009.

Nota do Partido Comunista da Grécia

Declaração do Comitê Central do KKE para o novo ataque anti-comunista ao Partido Comunista da Boémia - Morávia



KKE condena a nova operação anti-comunista na República Tcheca, um país da União Européia que tomou medidas para proibir o Partido Comunista da Boémia - Morávia (KSCM). Estes métodos anticomunistas não são novos, são provenientes do mesmo grupo de senadores que desempenharam um papel fundamental na proibição da União da Juventude Comunista Checa (KSM), que segue válido. Estas ações são parte da continuação das operações contra os comunistas em numerosos países da Europa Oriental, como as perseguições e ameaças contra os Partidos Comunistas, as restrições contra a ideologia comunista e seus símbolos, como recentemente foi promovido na Polónia.

Os crimes contra o KSCM mostram mais uma vezo imperialismo da UE e vêm justamente depois de todas as campanhas do imperialismo comemorando a queda do Muro de Berlim, no sentido de  promover a chamada "União Democrática".

Os capitalistas, suas organizações e seus partidos pretendem apagar da consciência dos povos e especialmente da juventude qual é a única alternativa ao capitalismo, o socialismo.

Todas estas medidas anticomunistas devem enfrentar uma resposta forte e maciça, não só pelos comunistas de todo mundo, mas também pelos movimentos de toda a classe trabalhadora , porque o anticomunismo visa cultivar a decepção e o derrotismo para os trabalhadores e suas lutas, a fim de pesar negativamente para os trabalhadores, a favor do sistema de exploração, o capitalismo .

Exigimos:

• a suspensão imediata de todas as medidas contra os comunistas da República Tcheca,


• o fim de todas as ameaças, restrições, e proibições aos Partidos Comunistas, ao marxismo-leninismo e aos seus símbolos.

CC do Partido Comunista da Grécia
23 de dezembro de 2009

AMÉRICA LATINA

Na América Latina o povo dá as costas a quem não é valente


Atilio Borón*, especialista em geopolítica.


“Os governos do Brasil, Argentina, Chile ou Uruguai consideram que a solução dos problemas do capitalismo se encontram no próprio capitalismo”

Zazpika-Gara (resumo da entrevista à Rebelión)


Atilio Borón é um dos grandes nomes da sociologia latino-americana contemporânea. Nasceu em Buenos Aires em 1943; suas obras se esgotam nas livrarias rapidamente. Talvez porque não seja um professor convencional e suas reflexões insistem na necessidade de transformar a realidade, trabalhando por um mundo melhor. Um mundo no qual este “continente de esperança”, como o definira Salvador Allende, seja um exemplo de que realmente é possível viver sem que o “mercado” regule nossas vidas e nossos sonhos.

Joseba Macías (JM) - Uma novidade significativa na América Latina que você bem conhece, é que boa parte dos países do continente passaram a ser governados por organizações que resultam do que poderíamos chamar de uma “reflexão socialista”. Ritmos, tradições e matizes diversas, sem dúvida, mas algo impensável há pouco tempo atrás.

Atilio Borón (AB) - Falando de socialismo em toda a sua extensão, realmente só temos como país socialista, no momento, Cuba. Logo depois há três governos, Venezuela, Equador e Bolívia, que desenvolveram processos de construção da alternativa socialista, processos muito diferentes entre si. E mais, por sorte, no momento no qual já não há mais modelos a copiar. O caso boliviano, por exemplo, se sustenta sobre uma extraordinária capacidade de organização que vem da época pré-colombiana e que deixou em maus lençóis todos os sociólogos pós-modernos que entenderam o ascenso de Evo Morales como uma manifestação precisamente pós-moderna... Na Venezuela, sem embargo, não há uma tradição organizativa nem pré-colombiana, nem pós-colombiana, o que explicaria a importância do papel da liderança de Hugo Chávez. Também Rafael Correa, no Equador, formado no cristianismo progressista da Universidade de Lovina e mais tarde doutorado em Economia em Illinois... Na minha opinião, o resto vai em outra direção. Os governos do Brasil, Argentina, Chile ou Uruguai consideram que a solução dos problemas do capitalismo se encontram no próprio capitalismo. Na Argentina, por exemplo, não resta nenhuma dúvida quando você ouve Kirchner falar. No Brasil, em dois séculos de história do sistema bancário, nunca esse sistema foi tão rentável para o grande capital como nos anos de Lula no poder. Representam mecanismo adaptativos dentro do próprio capitalismo.

Agora: também é certo que estes governos são um suporte fundamental para aqueles outros que citava no início e que estão trabalhando por uma alternativa verdadeiramente socialista. Esse é um fato real e objetivo e a isso não é estranha a forte pressão popular que, desde a base, se desenvolve nos países como Argentina e Brasil. Sem esquecer que todos estes governos da chamada “centro-esquerda” que foram tímidos, pró-capitalistas e amigos dos norte-americanos, correm nos próximos meses sérios riscos de serem desalojados do poder. Entretanto, os governos que levaram adiante com mais audácia processos de mudança, reformando a constituição, a economia, as instituições ou convocando plebiscitos de forma permanente, estão todos muito fortes. Alguma lição haveria de retirar de tudo isso, por exemplo, que quando não és valente, o povo te dá as costas. Os povos preferem o original à cópia.

JM - Gostaria de conhecer também a sua opinião sobre o papel jogado na América Latina pela social-democracia espanhola. Na distância, ao menos, dá impressão de que sua influência é realmente importante na hora de salvaguardar os interesses econômicos das empresas espanholas na região ou de exportar “receitas políticas”.

AB - Sem dúvida nenhuma. A socialdemocracia espanhola basicamente é uma cortina de fumaça que esconde a proteção das políticas de saque que estão levando a cabo muitas das empresas espanholas ali localizadas. Ai está o caso da Repsol, por exemplo. Ou o da Iberia, quando comprou os aviões da Aerolíneas Argentinas e seus escritórios por todo o mundo. Esta socialdemocracia nos vendeu também o modelo do Pacto de Moncloa, como exemplo a “exitosa” transição espanhola e vem apropriando-se paralelamente de muitos meios de comunicação em nome do grupo Prisa que ficaram sujeitos aos grandes ditames dos Estados Unidos: rádios, televisões, diários, revistas, livros escolares... Como no Estado Espanhol. Só que, na América Latina, o fato se agrava pelas condições de pobreza, de atraso cultural, etc.

JM - Na longa lista de países nos quais estão presentes estes interesses não podemos esquecer a Colômbia...

AB: - Exatamente. Sustentando a presença das empresas espanholas com a ajuda desse criminoso comum chamado Álvaro Uribe. Publiquei diversas reflexões e ensaios sobre Uribe, alguns baseados nos documentos desclassificados pelos próprios EUA. Fica claro que já desde 1991, nos informes do DEA, é o homem que articula as relações entre o cartel de Medellín e o Governo colombiano para facilitar os negócios da droga. E isso o disse o próprio DEA. O dossiê de lá para cá é incrível . E aí está a socialdemocracia espanhola apoiando tudo isso... E sem que possamos chegar a explicar diretamente ao povo espanhol, porque o controle dos meios de comunicação é absolutamente feroz.

JM - Terminando, se lhe parecer adequado, falando desta crise planetária que, paradoxalmente, parece fortalecer uma vez mais as opiniões eleitorais dos partidos conservadores em todo o mundo. Como se explica este fenômeno?

AB - Creio que a chave de tudo isso é o reflexo da grande vitória ideológica que o neoliberalismo conseguiu nos últimos quarenta anos. Ficou estabelecido que qualquer alternativa que não seja capitalista representa um delírio, uma aventura, uma salto no vazio. Creio que esta crise não vai ter a forma de um “V”, como dizem alguns, mas um “L” como já ocorreu no Japão a partir da década de 90. Estamos ante uma crise profunda e de muita longa duração. Você acredita que o G20 pode resolvê-la? É absolutamente patético. Nós instruímos os médicos que envenenaram-nos para nos dar o remédio, a curar...

Em definitivo, creio que estamos ante uma crise muito mais grave que as duas crises anteriores, a de 1929 e a de 1973. Em primeiro lugar porque nenhuma destas crises coincidiu com uma crise energética. E mais, em paralelo se desenvolve uma crise alimentar que não tem proporções. Na Europa, na África, na Ásia, na América Latina observamos motins motivados pela fome... Enquanto se utiliza uma área cada vez maior de terra para produção de biocombustíveis. Um exemplo: o pacto Bush-Lula firmado em São Paulo no ano de 2007... E finalmente vamos adicionar o tema das alterações climáticas para entender que esta crise não teve paralelo na história.

Dado este estado de coisas, só podemos pensar na construção de uma verdadeira economia pós-capitalista. Chamemos-lhe como quisermos, se trata definitivamente de avançar no processo de desmercantilização de maneira muito acelerada. Não podemos continuar com critérios mercantis para regular a relação entre nossas sociedades e a natureza. E este deve ser um princípio básico do mundo a construir: desmercantilizar a natureza, a saúde, a educação, a segurança social ....

Rebelión publicou este artigo com a permissão do autor, respeitando sua liberdade para publicá-lo em outras fontes.

O original encontra-se em: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=96979

*Politólogo e Sociólogo argentino. Site: http://www.atilioboron.com.

Traduzido por: Dario da Silva

domingo, 13 de dezembro de 2009

Nota da FMJD

Para salvar a Terra e Meio Ambiente, é preciso derrotar o Imperialismo!
Durante as últimas semanas milhares de notícias nos jornais, sites, canais de televisão e outros meios de comunicação têm circulado levantando a Conferência de Parceiros (COP15), realizada em Copenhague, na Dinamarca, como um momento decisivo e crucial para uma profunda mudança nas políticas ambientais. Muitas declarações de dirigentes políticos e os chamados especialistas sobre o assunto têm levantado essa COP15 como uma fonte de esperança para salvar a Terra da destruição ambiental. Apesar da intensa propaganda em torno da COP15 de Copenhague, a FMJD acredita que as principais questões ainda estão para ser discutidas e permanecerão intocadas pelos personagens principais da conferência na Dinamarca, pelas seguintes razões: a) A COP15 recusa a reconhecer que é o modelo capitalista de produção e de consumo ilimitado (para conseguir lucros ilimitados), que trouxe a humanidade e a Terra a esta situação. Sem uma mudança clara e profunda do paradigma (não retórica, mas revolucionária) para a sustentabilidade do meio ambiente os ataques nunca será verdadeiramente parados. b) É hipócrita e enganandora a campanha para trazer a responsabilidade de proteger o ambiente ao nível individual, como se fosse uma questão de "boa vontade" ou "consciência ambiental" do povo. É através de medidas dos governos de cada país, que se deve impedir os grandes grupos económicos de continuar destruindo os recursos da Terra e da sustentabilidade. Em um mundo onde os custos energéticos e custos de produção estão diminuindo rapidamente, todos os passos para entregar a responsabilidade de ser "amigo do ambiente" são manobras para manter e esconder as verdadeiras causas da crise ambiental vivida pela humanidade e aumentando os lucros dos grupos econômicos com negócios nas áreas energética (as estatísticas são claras a este respeito). c) Embora todas as atenções estejam voltadas para Copenhague, o desmatamento de terra continua com o apoio e o silêncio da agenda imperialista. Nosso mundo perdeu metade de sua área original de floresta, e ele está perdendo 130,000 km ² por ano. Entre outros, é particularmente grave a situação da Amazônia, onde os grandes grupos econômicos continuam destruindo o patrimônio natural e de poluentes e populações nativas e envenenamento dos recursos naturais. d) A água, um recurso vital para a humanidade, continua sendo poluída e privatizada, como uma mercadoria. A ingerência imperialista crescente de fontes de água, se não interrompido, levará a uma situação de privação das massas de acesso à água potável. e) A COP15 de Copenhague não traz nenhuma novidade quando comparado a Quioto, Bali ou conferências similares. Na verdade, ele representa um passo em frente na implementação da regulação do mercado das emissões de gases com efeito estufa. Essa estratégia só levará à transferência de gases e não a sua redução ou controle, como a história recente tem demonstrado. A grande controvérsia sobre este assunto não está na redução dos gases, mas realmente em um mercado cujo valor é estimado em cerca de 700 bilhões de dólares em um curto período. O atual regime de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e os créditos de carbono deve ser mudados, com este mecanismo de comércio tem havido o deslocamento das indústrias poluentes para os países em desenvolvimento. f) Os E.U.A. e a UE e os principais países capitalistas têm a obrigação em primeiro lugar, para reduzir as emissões de carbono, de não relutar em assinar protocolos ambientais. A transformação de tecnologias eco friendly do mundo desenvolvido deve ser livre no mundo em desenvolvimento. Os países mais ricos e as pessoas estão apenas re-monitorando esses recursos em nome de um projeto diferente, enquanto os mais pobres, os que mais sofrem com as mudanças climáticas são deixados de lado. Portanto, este é o momento certo para avaliar sobre este mecanismo, a fim de torná-lo mais favorável aos mais pobres e progressiva. g) A Federação Mundial da Juventude Democrática traz grande preocupação para a maioria dos que sofrem os povos e as nações como Bangladesh, Nepal, Maldivas e África Subsariana, etc.. que vem sofrendo com as catástrofes ambientais. Para todos os aspectos acima mencionados, a FMJD defende firmemente que só uma política de respeito à Terra e que realmente coloque os recursos naturais em favor da humanidade e do seu desenvolvimento (e não em favor dos lucros) pode salvar a Terra. A FMJD chama todos os seus membros e organizações amigas para denunciar as manobras do Imperialismo que visam aumentar os ataques contra os direitos do povos e da juventude, colocando em jogo a sobrevivência da humanidade e da própria Terra, e para reforçar a sua luta por um mundo livre do Imperialismo em todos os suas expressões, que só derrotando o imperialismo a humanidade pode estar certa de salvar-se da destruição e da barbárie.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Manifesto da UJC ao 38º Congresso da UBES

MANIFESTO DA UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA - UJC AO 38º CONGRESSO DA UNIÃO BRASILEIRA DOS ESTUDANTES SECUNDARISTAS – Belo Horizonte/MG SOCIALISMO, O OUTRO MUNDO POSSÍVEL! Guerras, fome, desemprego, violência, analfabetismo, miséria e opressão são palavras que se relacionam diretamente com o Capitalismo. O Capitalismo passa por uma crise onde os ricos, que se beneficiam com este sistema econômico-social, estão procurando fazer com que a conta seja paga pelos trabalhadores e a juventude. Através das guerras os países imperialistas, tendo a frente o Governo dos Estados Unidos, promovem a morte de milhares de crianças, jovens e adultos em vários cantos do mundo. Na Colômbia, um país da América do Sul vizinho do Brasil, o presidente (Álvaro Uribe) autorizou a instalação de Bases Militares dos Estados Unidos e continua a realizar uma política que não respeita os Direitos Humanos. Recentemente a polícia colombiana assassinou mais um líder estudantil que lutava por melhorias na Educação deste país. Os estudantes brasileiros devem compreender a importância da solidariedade internacional com os jovens e povos que lutam contra o capitalismo e o imperialismo. "Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros". Che Guevara DO FORA COLLOR, PASSANDO PELO FORA FHC E FMI AOS BRAÇOS DO GOVERNO LULA! A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - UBES desempenhou um importante papel nas lutas do povo brasileiro por mudanças na política nacional e por transformações sociais em nosso país. Infelizmente hoje, a atual direção da entidade esta atrelada aos interesses do Governo Lula e de seus aliados. Lula optou por governar em aliança com políticos corruptos, banqueiros, latifundiários em benefício dos ricos. A entidade que em seu passado foi fundamental para a derrubada do Presidente Fernando Collor (1992), impulsionando com amplas manifestações de rua a campanha nacional por sua saída e fez parte das mobilizações contra as políticas neoliberais do governo Fernando Henrique Cardoso, patrocinadas pelo Fundo Monetário Internacional (entre 1999 e 2001), hoje, esta cada vez mais atrelada ao Governo Federal e seus aliados Sarney, Collor, Renan Calheiros, Sérgio Cabral, Hélio Costa, Ciro Gomes... Somos mais de trinta milhões de estudantes no Brasil, vivenciamos todos os dias problemas em nossas escolas, bairros e comunidades. Se nos organizarmos podemos influenciar os rumos da educação em nosso país e somar forças junto às lutas do nosso povo para buscar resolver os graves problemas sociais de nosso país como a fome, o desemprego e a violência). OPOSIÇÃO INDEPENDENTE DA UBES E DEMAIS ENTIDADES ESTUDANTIS EM RELAÇÃO AO GOVERNO LULA! O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO! No Brasil, os estudantes devem ficar atentos. Após a descoberta do Pré-sal os interesses do capital estão cada vez mais aflorados. Os Estados Unidos reativaram a Quarta Frota Militar (uma base militar naval no Atlântico Sul) e podem fazer de tudo para se beneficiarem da produção que virá da exploração do Pré-sal. Os recursos gerados pelo Pré-sal não podem ficar nas mãos do capital. Devem beneficiar os trabalhadores e a juventude com mais recursos para a Educação, Saúde, Habitação etc. Para que isto ocorra é fundamental que o movimento estudantil, o movimento sindical, e os movimentos sociais e populares lutem juntos pela Reestatização da Petrobrás! PARTICIPAÇÃO DOS ESTUDANTES E DAS ENTIDADES ESTUDANTIS NA CONSTRUÇÃO DA CAMPANHA NACIONAL “O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO!” REORGANIZAR O MOVIMENTO ESTUDANTIL SECUNDARISTA NO BRASIL! O movimento estudantil secundarista encontra-se bastante enfraquecido. Se observarmos as atuações da maioria das entidades estudantis podemos verificar que elas não funcionam e poucos esforços são feitos para organizar e mobilizar os estudantes na luta por seus direitos e reivindicações. A maioria das escolas não tem um Grêmio Estudantil bem organizado, independente e capaz de aglutinar as lutas dos estudantes. As direções das entidades estudantis municipais, estaduais e a nacional (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas - UBES) são em sua maioria ligadas a grupos políticos financiados e apadrinhados por governos e políticos corruptos. Devemos e podemos mudar este quadro. Se por um lado observamos estudantes e entidades estudantis ligadas aos governos e a máfia das carteirinhas, de outro existe uma parcela considerável de estudantes desanimados e afastados das lutas devido à falta de formação política, a passividade das entidades estudantis e ao descrédito em relação a luta dos estudantes por melhorias da educação e pela transformação da sociedade. Propomos aos estudantes secundaristas de todo o país unidade na luta pela reorganização do movimento estudantil brasileiro. Para tal é necessário que somemos forças na construção de campanhas, manifestações, seminários e encontros estudantis onde iremos organizar a luta dos estudantes por suas reivindicações. A HORA É ESSA! CAMPANHA NACIONAL DE CONSTRUÇÃO, RECONSTRUÇÃO E FORTALECIMENTO DOS GRÊMIOS ESTUDANTIS. AMPLIAR E FORTALECER A LUTA PELO PASSE LIVRE PARA OS ESTUDANTES! CRIAR FRENTES DE LUTA PELO PASSE LIVRE! ACESSO UNIVERSAL AO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO! LUTAR PELA UNIVERSIDADE POPULAR! NENHUM DIREITO A MENOS PARA OS ESTUDANTES! EM DEFESA DA MEIA ENTRADA! CONTATOS: (11) 31068461 – SÃO PAULO (21) 25092056 – RIO DE JANEIRO (31) 32016478 – MINAS GERAIS (41) 33361905 - PARANÁ (48) 4330843 – SANTA CATARINA (51) 91874961 – RIO GRANDE DO SUL (61) 33232226 – DISTRITO FEDERAL (62) 92483092 – GOIÁS (67) 33511122 – MATO GROSSO DO SUL (71) 32464284 – BAHIA (79) 32221180 - SERGIPE (81) 34231394 – PERNAMBUCO (82) 30356125 – ALAGOAS (84) 88454872 – RIO GRANDE DO NORTE (85) 32924103 – CEARÁ (86) 32131305 – PIAUÍ (91) 30815762 – PARÁ (92) 6356999 – AMAZONAS (96) 81192268 – AMAPÁ (98) 32213635 – MARANHÃO

Não a perseguição dos comunistas na Polônia!

A FMJD recebeu com grande preocupação a notícia da proibição dos símbolos comunistas (foice eo martelo e a estrela vermelha) na Polónia, por iniciativa do governo polonês.


Esta medida, aprovada e promovida por todas as estruturas da União Europeia, é uma nova prova da Cruzada Anti-Comunista, que as forças imperialistas adotaram como sua missão, com resultados semelhantes em diferentes países do Leste Europeu.

A perseguição aos comunistas e organizações comunistas é uma das faces sombrias do imperialismo. Além dos discursos vazios e retórica sobre "liberdade" e "democracia" as estruturas imperialistas e as ações dos governos mostram claramente que o imperialismo não consegue lidar com a possibilidade de outras pessoas que pensam de forma diferente.

Num quadro em que os limites históricos do capitalismo foi tão claro para os povos e os jovens do mundo, após a crise internacional do capitalismo, não há outro caminho para as estruturas imperialistas de proibir e perseguir todos aqueles que lutam contra a sua dominação.

É uma coincidência escura que tal ato teve lugar, exatamente, na semana quando, contra a vontade dos povos, a União Europeia e os governos de seus Estados membros impuseram o chamado Tratado de Lisboa (declarando a sua execução a partir de 1 de dezembro) e quando a Otan decidiu aumentar sua presença militar de ocupação no Afeganistão, também em nome da "liberdade" e "democracia".

Como antes, a FMJD reafirma que está não é uma questão que diz respeito apenas aos comunistas, pois faz parte de uma estratégia anti-democrática que é um ataque a todos os níveis das liberdades democráticas.

Portanto, a FMJD apela a todos os seus membros e organizações amigas para se juntar a sua mensagem de solidariedade para com os comunistas poloneses e tomar medidas para denunciar entre os jovens do mundo este ataque em curso e organizar ações para demonstrar a sua condenação desta medida anti-democrática.

Criado em Caracas o Movimento Continental Bolivariano com o apoio das FARC-EP



Estudantes, trabalhadores, movimentos indígenas, camponeses e grupos de esquerda de 30 países reuniram-se em Caracas nesta semana para fundar o Movimento Continental Bolivariano, buscando a "união dos povos da América" contra a "ofensiva imperialista ", segundo os organizadores.


Sob o lema "a unidade vai abrir os caminhos da esperança", frase do Libertador Simón Bolívar, o Congresso, reunido desde a última segunda-feira mostrou a sua determinação de "defender a revolução venezuelana das ameaças imperialistas" e "reforçar a luta contra as bases militares ianques estabelecidas na Colômbia".

Os participantes referiam-se ao recente acordo entre Bogotá e Washington para permitir que tropas dos E.U.A. passem a operar e controlar sete bases militares do país sul-americano.

Durante a reunião em Caracas,  que foi concluido na quarta-feira foi lida uma carta de Alfonso Cano, líder das FARC, em que considerou que "a formação deste movimento continental é um dever urgente" e reiterou que o tratado assinado entre a Colômbia e os Estados Unidos procura "desestabilizar " os processos democráticos na América Latina.

"Estabelecer um movimento político continental,  de essência bolivariana, quando o império norte-americano desenvolve a sua força militar na Colômbia, e dispõe de forma ameaçadora suas máquinas de guerra e de terror contra os povos latino-americanos e caribenhos, não é apenas uma necessidade histórica, mas um dever urgente ", escreveu o líder guerrilheiro.

Ele acrescentou que tal movimento seria um sinal de "um horizonte da unidade de luta do nosso povo em defesa da sua dignidade, independência, história, valores, cultura, território, recursos humanos, a riqueza natural e o inalienável direito soberano de moldar o seu futuro."

O Movimento Continental Bolivariano será uma estrutura mais ampla que irá absorver a Coordenadora Continental Bolivariana (CCB), que nasceu há mais de cinco anos e que se apresenta com uma plataforma latino-americana anti-imperialista.

Entretanto, o comandante das Forças Militares da Colômbia, general Freddy Padilla de León, pediu ao Movimento Continental Bolivariano, reunidos em uma conferência em Caracas, que rejeite publicamente a mensagem de saudação e adesão das FARC.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

38º Congresso da UBES - Belo Horizonte

SEMINÁRIO DO MOVIMENTO A HORA É ESSA!
DIA: 12/12/2009 - HORÁRIO: 09 HORAS LOCAL: INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS – UFMG. (Perto da Praça de Serviços da UFMG)
Em discussão: CAMPANHA NACIONAL DE CONSTRUÇÃO, RECONSTRUÇÃO E FORTALECIMENTO DOS GRÊMIOS ESTUDANTIS.
AMPLIAR E FORTALECER A LUTA PELO PASSE LIVRE PARA OS ESTUDANTES! CRIAR FRENTES DE LUTA PELO PASSE LIVRE!
ACESSO UNIVERSAL AO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO!
LUTAR PELA UNIVERSIDADE POPULAR!
NENHUM DIREITO A MENOS PARA OS ESTUDANTES! EM DEFESA DA MEIA ENTRADA!
OPOSIÇÃO INDEPENDENTE DA UBES EM RELAÇÃO AO GOVERNO LULA!
PELO SOCIALISMO E PELA PAZ MUNDIAL!
(31)32016478 – UJCBRASIL@YAHOO.COM.BR

Vitória na Bolívia!

Por que Evo ganhou?





Por Atílio A. Boron

Celebrávamos uma semana atrás o triunfo de Pepe Mujica no Uruguai. Temos hoje renovadas - e também mais profundas - razões para festejar a extraordinária vitória de Evo Morales. Tal como há algum tempo havia indicado o analista político boliviano Hugo Moldiz Mercado, o grande veredicto das urnas assinala pelo menos três marcos importantíssimos na história da Bolívia: a) Evo é o primeiro presidente democraticamente reeleito para dois mandatos sucessivos; b) é o primeiro, além disso, a melhorar a porcentagem de votos com que foi eleito na primeira vez: saltou dos 53,7% aos atuais 63,3%; e c) é o primeiro a obter uma esmagadora representação na Assembleia Legislativa Plurinacional. Além disso, mesmo antes de se ter os números definitivos, é praticamente certo que Evo obterá os dois terços no Senado e na Câmara de Deputados, o que lhe permitiria nomear autoridades judiciais e aplicar a nova Constituição sem oposição. Tudo isso o converte, do ponto de vista institucional, no presidente mais poderoso da convulsionada história da Bolívia. E um presidente comprometido com a construção de um futuro socialista para o seu país.

Obviamente estas conquistas não impedirão a Washington de reiterar as suas conhecidas críticas à “defeituosa qualidade institucional” da democracia boliviana, o “populismo” de Evo e a necessidade de melhorar o funcionamento político do país para garantir a vontade popular, como, por exemplo, se faz na Colômbia. Neste país, sem irmos muito longe, cerca de 70 parlamentares do uribismo estão sendo investigados pela Corte Suprema de Justiça e pela Procuradoria por seus supostos vínculos com os paramilitares, e 30 deles foram enviados à prisão por esse motivo. Quatro milhões de pessoas deslocadas pelo conflito armado, auge do narcotráfico e do paramilitarismo sob amparo oficial e com a aquiescência de Washington, violação sistemática dos direitos humanos, entrega da soberania nacional aos Estados Unidos mediante um tratado negociado em segredo e que concedeu a instalação de sete bases militares estadunidenses em território colombiano e a fraudulenta manipulação processual para conseguir a re-re-eleição do presidente Álvaro Uribe... estes são todos traços que caracterizam uma democracia de alta “qualidade institucional”, que não provoca a menor preocupação das falsas salvaguardas da democracia nos Estados Unidos.

O desempenho eleitoral do líder boliviano é impressionante: obteve um triunfo arrebatador na convocatória da Assembleia Constituinte, em julho de 2006, que assentaria as bases institucionais do futuro Estado Plurinacional; outra esmagadora vitória em agosto de 2008 (67%) no Referendo Revogatório forçado pelo Senado, controlado pela oposição, com o aberto propósito de derrubá-lo; em janeiro de 2009 os 62% dos votantes aprovou a nova Constituição Política do Estado e apenas algumas poucas horas atrás, outra plebiscitária ratificação de quase dois terços do eleitorado.

O que há por trás desta impressionante máquina de ganhar eleições, indestrutível apesar do desgaste de quatro anos de gestão, dos obstáculos interpostos pela Corte Nacional Eleitoral, da hostilidade dos Estados Unidos, das numerosas campanhas de desabastecimento, das tentativas de golpe de estado, das ameaças separatistas e dos planos de magnicídio?

O que há é um governo que cumpriu com as suas promessas eleitorais e que, por isso mesmo, desenvolveu uma ativa política social que lhe garantiu a indelével gratidão de seu povo: o Vale Juancito Pinto, que chega a mais de um milhão de crianças; a Renda Dignidade, um programa universal para todos os bolivianos com mais de 60 anos sem renda alguma; o Vale Juana Azurduy, para as gestantes. Um governo que erradicou o analfabetismo aplicando a metodologia cubana do programa “Sim Eu Posso”, o que permitiu alfabetizar a mais de um milhão e meio de pessoas em dois anos, razão pela qual em 20 de dezembro de 2008 a UNESCO (não os partidários de Evo) declarou a Bolívia território livre do analfabetismo.

Trata-se de uma conquista extraordinário para um país que sofreu uma secular história de opressão e exploração, afundado por suas classes dominantes e seus senhores imperiais em uma dolorosa pobreza, apesar da imensa riqueza que guarda em suas entranhas e que, recentemente, com o governo de Evo, é recuperada e posta a serviço do povo. Por outro lado, o solidário internacionalismo de Cuba e da Venezuela também permitiu a construção de numerosos hospitais e centros médicos, ao mesmo tempo em que milhares de pessoas recuperaram a visão graças à Operação Milagro.

Importantes avanços também foram registrados em matéria de reforma agrária: cerca de meio milhão de hectares foram transferidos para as mãos dos camponeses e na anunciada recuperação das riquezas básicas (petróleo e gás), o que em seu momento provocou o nervosismo de seus vizinhos, especialmente do Brasil, mais preocupado em garantir a rentabilidade da Petrobrás do que em cooperar com o projeto político de Evo.

Por último, o cuidadoso manejo da macroeconomia tem permitido à Bolívia, pela primeira vez na sua história, contar com importantes reservas estimadas em 10 bilhões de dólares e uma situação de bonança fiscal que, somada à colaboração da Venezuela nos marcos da ALBA, permitiu a Morales realizar numerosas obras de infraestrutura nos municípios e financiar a sua ambiciosa agenda social.

Claro que ainda há muitas coisas pendentes e nem tudo o que foi feito está isento de crítica. Em nota recente, Pablo Stefanoni, editor do Le Monde Diplomatique na Bolívia, advertia sobre a instável convivência entre “uma pregação eco-comunitarista nos fóruns internacionais e um discurso desenvolvimentista sem muitos matizes no âmbito interno.” Ainda que exista a tensão, é preciso reconhecer que a vocação eco-comunitarista de Evo transcende o plano de suas performances nos fóruns internacionais: seu compromisso com a Mãe Terra, a Pachamama, e os povos originários é sincero e efetivo e tem indicado um marco na história de Nuestra América. Obviamente o extrativismo do padrão de desenvolvimento boliviano é inegável, mas também inevitável, dadas as características brutalmente predatórias que a acumulação capitalista assumiu na Bolívia. Pensar que da noite para o dia o governo popular poderia sustentar um modelo de desenvolvimento alternativo deixando de lado a exploração das imensas riquezas minerais e energéticas deste país é completamente irreal.

A Bolívia não tem ao seu alcance, ao menos por agora, uma opção como a que em seu momento tiveram a Irlanda ou a Finlândia. Mas seria injusto ignorar que a orientação de seu modelo econômico e o seu forte conteúdo distribuidor separa-o claramente de outras experiências em marcha no Cone Sul. E isso sem falar da assumida intenção de Evo em avançar na complicada - e, por isso mesmo, lenta e cheia de vigilâncias - construção de um renovado socialismo, algo que nada tem a ver com o nebuloso “capitalismo andino-amazônico” que alguns insistem em apresentar como uma tão inexorável como inverossímil ante-sala do socialismo.

Todos estes êxitos, somados à sua absoluta integridade pessoal e a uma cotidianidade espartana (que contrasta muito favoravelmente com as volumosas fortunas ou os elevados padrões de consumo que outros líderes e políticos “progressistas” da região exibem) têm feito de Evo um líder dotado de um formidável carisma pessoal que lhe permite derrubar qualquer rival que se atreva a desafiá-lo na arena eleitoral. Mas ainda por cima, sua permanente preocupação em conscientizar, mobilizar e organizar a sua base social – deixando de lado os desprestigiados aparatos burocráticos que, como na Argentina, no Brasil e no Chile não mobilizam nem conscientizam ninguém - não apenas satisfaz a impostergável necessidade de construir uma subjetividade apropriada para as lutas pelo socialismo como também, ao mesmo tempo, se constitui em uma carta decisiva na hora de prevalecer na arena eleitoral.

As forças da atribulada “centro-esquerda” do Cone Sul, que têm diante de si um futuro político pouco promissório levando-se em conta o crescimento da direita alimentado por seu resignado “possibilismo” [pragmatismo], fariam bem em tomar nota da luminosa lição que oferece o triunfo de Evo nas eleições do domingo passado. Uma lição que demonstra que frente ao perigo da restauração do domínio da direita a única alternativa possível é a radicalização dos processos de transformação em curso. Derrotada no terreno eleitoral a direita dobrará a sua ofensiva nos múltiplos cenários da luta de classes. Seria suicida supor que se inclinará sem oferecer batalha diante de um revés eleitoral. Oxalá se aprenda também esta lição.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

XI Encontro Mundial de Partidos Comunistas e Operários

PCB presente!

O Partido Comunista Brasileiro esteve presente no XI Encontro de Partidos Comunistas e Operários de todo o mundo, realizado em Nova Delhi, Índia, de 20 a 22 de novembro de 2009. O Partido Comunista da Índia e o Partido Comunista da Índia (Marxista) foram os anfitriões do Encontro, cujo tema central foi “A crise capitalista internacional, a luta dos trabalhadores e dos povos, as alternativas e o papel dos comunistas e do movimento da classe trabalhadora“. O evento contou com a participação de 83 delegados de 57 Partidos (de 48 países), que, ao longo dos três dias, sucederam-se no uso da palavra. Os delegados do PCB foram os camaradas Ivan Pinheiro e Eduardo Serra.

O Encontro, que se repete anualmente, é uma iniciativa dos partidos do campo comunista que não se deixaram levar pela onda liquidacionista dos anos 90, deflagrada a partir da queda da União Soviética e que, ao contrário, buscam não apenas manter viva a denúncia ao capitalismo, a referência ao Socialismo, ao Comunismo e ao Marxismo-Leninismo, em suas diferentes leituras. Além destes objetivos, o Encontro começa a operar também ações conjuntas e a oferecer um patamar superior de organização dos comunistas no plano internacional.

Desse encontro anual, participam agremiações que enfrentam condições diferentes na luta de classes em seus países e que apresentam distintas proposições táticas e estratégicas. Grosso modo, podem ser identificados um bloco mais próximo à socialdemocracia, que centra suas ações na esfera institucional e propõe reformas ao sistema, vendo a transição para o socialismo como de longo prazo; um bloco que tem clareza quanto ao caráter socialista da revolução, vendo-a como um processo de ruptura do capitalismo; e um conjunto de partidos em fase de definição quanto à linha estratégica. 

A quase totalidade das intervenções convergiu quanto ao caráter estrutural da crise econômica e quanto ao desgaste das políticas neoliberais e do próprio capitalismo. A solidariedade a Cuba e à causa palestina receberam também o apoio de todos. Não houve consenso, entretanto, quanto ao papel do governo Obama e estimativas quanto ao desenrolar da crise do capitalismo. Divergências táticas e estratégicas se manifestaram em questões como a adesão ou não dos Partidos Comunistas e Operários europeus ao Partido da Esquerda Européia e mesmo quanto ao caráter e ao papel do governo Lula no cenário internacional.

A intervenção do PCB teve como base a Declaração Política do XIV Congresso e centrou-se na análise da luta de classes no Brasil, na caracterização do governo Lula e suas ações na esfera internacional. Propusemos que o Encontro rumasse para a formulação e a realização de mais ações conjuntas de todos os partidos e para a realização de reuniões regionais, para análise da conjuntura e trabalho conjunto.  Nos marcos do Encontro, os delegados do PCB mantiveram reuniões e contatos com um grande número de Partidos irmãos de todos os continentes, reforçando sua inserção no movimento comunista internacional e estreitando laços bilaterais.

Na seção de encerramento, foi aprovada a incorporação de um novo membro, o Partido dos Trabalhadores de Bangladesh (Marxista-Leninista). Também decidiu-se que o XII Encontro Mundial será realizado no ano que vem na ÁFRICA DO Sul e foi aprovada a Declaração Final, cujos eixos básicos são:

- o reconhecimento do caráter estrutural e sistêmico da crise econômica mundial e dos limites históricos do capitalismo e das políticas neoliberais;

- a denúncia da rodada de Doha, da Organização Mundial do Comércio, como um instrumento de dominação dos mercados dos países mais pobres pelo imperialismo;

- o entendimento de que a intensificação da luta contra o capital é a saída para a crise;

- a conclamação a todos os Partidos comunistas e de trabalhadores a lançar uma ofensiva, em seus países, pelos direitos dos povos e contra o capitalismo;

Como decisões de ação, o Encontro apontou, ainda, para:

- o posicionamento contrário à existência da OTAN e sua expansão e às bases militares imperialistas;

- a adoção do dia 29 de novembro como o dia internacional de solidariedade à Palestina;

- a realização de manifestações lembrando o 55º aniversário da derrota do Nazi-Fascismo, em 2010;

- a realização de mobilizações em defesa dos trabalhadores e pelo direito ao trabalho, em coordenação com os sindicatos e organizações de juventude;

- a intensificação da campanha pela libertação dos 5 heróis cubanos;

Realizou-se, ao final do evento, um Ato Político, promovido pelo PCI e pelo PCI (M), com a presença de todos os Partidos que participaram do Encontro e cerca de 500 militantes dos partidos anfitriões, além de numerosos jornalistas. O ato buscou expressar a unidade dos comunistas, em que pesem as naturais divergências. Nesse sentido, os oradores escolhidos foram, além dos dois partidos anfitriões e dos PCs de Portugal e da Grécia (os principais fundadores desses Encontros) – os representantes dos PCs de Cuba e dos EUA, de Israel e da Palestina, cujas intervenções foram muito aplaudidas.

Um fato da maior relevância histórica teve lugar no Encontro, com o anúncio, por parte do Partido Comunista da Grécia e de outros Partidos marxistas-leninistas, da criação da REVISTA COMUNISTA INTERNACIONAL, assunto que divulgaremos em breve.

PCB – Partido Comunista Brasileiro
Secretariado Nacional – dezembro de 2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Primeira conferência Internacional da Juventude Sindicalista

Declaração Final: 1a Conferência Internacional da Juventude Sindicalista

Lima, 23 de novembro de 2009, Tribuna Popular TP - Respondendo ao apelo da Federação Sindical Mundial (FSM) e da Confederação Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP), foi realizada em Lima a 1 ª Conferência Internacional da Juventude Sindicalista, que adquire um significado especial por serem os jovens trabalhadores em todo o mundo que expressam os grandes problemas que o capitalismo arrasta à humanidade.

Abaixo, publicamos a declaração final do evento realizado nos dias 18, 19 e 20 de Novembro passado. Federação Sindical Mundial (FSM) Confederação Geral dos Trabalhadores do Peru (CGTP) 1 CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA JUVENTUDE SINDICALISTA Lima - Peru, 18 A 20 de novembro de 2009 DECLARAÇÃO FINAL Respondendo à convocatória da Federação Sindical Mundial e da Confederação Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP), foi realizada em Lima a 1° Conferência Internacional Sindical de Jovens Trabalhadores, de 18 a 20 de Novembro de 2009, ano do 50º aniversário da Revolução Cubana, com a presença de 48 organizações sindicais de 25 países representados por mais de 250 sindicalistas da América, África, Europa, Oriente Médio e Ásia, em que concordamos manifestar: No início do século XXI o mundo continua a ser vítima de uma injusta ordem política e econômica, excludente e exploradora que conduz o planeta para a sua própria autodestruição, ameaçado agora pela mudança climática que acontece em meio à maior crise da história do capitalismo. Os jovens trabalhadores são as primeiras vítimas da desregulamentação do trabalho trazidas pela globalização imperialista com resultados surpreendentes: milhões de jovens desempregados, subempregados ou trabalhando em condições de semi-escravidão, sem saúde ou segurança social, o aumento do trabalho infantil, imigrantes desamparados e perseguidos, em suma, toda uma geração de jovens trabalhadores na ruína material e espiritual, sem nenhum futuro promissor. As leis e os valores ideológicos e culturais de um estilo de vida que exacerba o individualismo e a violência são impostos às nossas sociedades. Não se trata apenas da injustiça que significa que uma minoria tem concentrado uma parte enorme da riqueza, enquanto as massas empobrecidas dificilmente podem sobreviver. É que o sistema hegemônico funciona como uma máquina de extermínio social onde pouco importa o destino dos excluídos, muito menos seus valores e culturas, suas identidades e comunidades, que estão sujeitos aos imperativos de mercado. Diante dos transcendentais avanços tecnológicos de nosso mundo hoje, os jovens atuam sobre um processo produtivo que alterou a composição da classe trabalhadora. Os capitalistas demandam um novo "profissional" que tenha iniciativa, consciência crítica e capacidade de melhorar o processo de produção, trabalhando em equipes e que tenha compromisso com os resultados coletivos, o conhecimento de línguas, filosofia, e constantes cursos de formação, e etc. Mas somente para melhor servir o mercado de trabalho e não para contribuir com a mudança econômica, social e política que os nossos países necessitam. Como os jovens podem aceitar essas exigências que demandam um desgaste alienante, quando o sistema - que só age no interesse do capital - que exige cada vez mais de nós, destrói nossos sonhos de juventude, discrimina e nos separa por nossa condição de imigrantes, pela maneira de vestir, falar e até mesmo por nossa orientação sexual? É justo que acatemos tais exigências quando somos submetidos a humilhantes e injustas discriminações entre ricos e pobres, entre grupos étnicos diferentes, entre homens e mulheres, entre as zonas rurais e urbanas e mesmo entre as regiões relativamente prósperas e atrasadas de uma mesma nação? Manifestamos a nossa convicção de que a evolução da ciência e do conhecimento tecnológico devem estar a nosso serviço assim como exige e defende a Federação Sindical Mundial (FSM). A histórica federação, que nunca se aliou a empresas transnacionais e a governos que aplicam políticas predadoras, que apóia a recusa contínua de render-se à capitulação da história, apesar das dificuldades, e tem se mantido firme na luta e nos apoios às lutas com autêntica solidariedade obreira. A FSM foi reforçada após o 15 º Congresso Sindical Mundial realizado em 2005 em Havana, como demonstra este exitoso encontro. Cientes da preparação do 16° Congresso, esperamos que este seja um espaço vital oferecido para discutir as conclusões do primeiro encontro e impulsionar o movimento sindical juvenil. Nós acreditamos que este deveria analisar e propor políticas específicas para os jovens trabalhadores, contribuir para a atualização das nossas lutas e de integração no movimento sindical, assim como sensibilizar a juventude sobre as justas posições da FSM. O impulso dado a esta Conferência pela FSM tornará possível em seu 16° Congresso intensificar nossos esforços para que cada vez mais jovens trabalhadores entendam o desenvolvimento social em termos de classe, para relacionarmos os nossos problemas individuais com a luta coletiva e unitária. Globalizemos a luta, Globalizemos a esperança! A América Latina, onde esta primeira conferência tem lugar, vive uma mudança de época com avanços democráticos e vitórias das forças progressistas que devem ser defendidas e aprofundadas. A resposta dos retrógrados entrincheirados no governo imperial norte-americano, com o apoio de seus aliados, é evitar a autodeterminação dos povos, até mesmo pela força, demonstrando que não houve nenhuma mudança. Seu regime fracassado não tem mais nada a oferecer. Eles só podem lançar mão da dominação, da coerção, da opressão, das ameaças, da agressão, impondo a guerra. Em Honduras se está lutando heroicamente contra este modelo do império. A resistência deste povo é uma inspiração de que sim, é possível defender os nossos direitos e soberania ante as hipócritas e traidoras manobras do governo estadunidense e dos oligarcas para burlar a vontade popular e os apelos da comunidade internacional. Novamente dizemos como Che, "... no imperialismo não se pode confiar nem um pouquinho assim...". Nós exigimos o retorno imediato e incondicional do governo legítimo de Manuel Zelaya! Foram desmascaradas as tentativas de dar ao imperialismo estadunidense um rosto humano. Os fatos reafirmam a mesma agressividade e o caráter belicista e antipopular que caracterizam o governo estadunidense e seus aliados, incluindo a promoção de privatizações, como no caso da eletricidade e da energia na Cidade do México. As bases militares dos EUA na Colômbia e a Quarta Frota, perto da Venezuela, são, como disse Fidel, um punhal cravado no coração da "Nossa América". Para isso os trabalhadores e nossos povos ampliam a resistência. No Peru, importantes batalhas também são travadas em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra a política geradora de misérias, entreguista e autoritária do governo de Alan García. A CGTP, prestigiosa e histórica central fundada por José Carlos Mariátegui, que nos acolhereu de forma tão hospitaleira, declarou com firmeza e maturidade exemplar, com organização e convicção, a batalha para reverter as políticas e leis antipopulares que estão sendo implementadas por governos neoliberais nos últimos anos. A 1 ª Conferência manifesta a sua solidariedade com os trabalhadores na agroindústria, transporte, têxteis e de vestuário, mineiros, professores, construção civil, etc., que lutam por seus justos direitos e reivindicações. A guerra promovida pelas ganas imperiais, também tem o seu terrível impacto sobre o Iraque e o Afeganistão, pressionando o Paquistão, o Irã e o Sudão, mantendo ainda as provocações na península coreana, protegendo Israel em seus crimes contra o sofrido povo palestino, enquanto criminalizam a luta legítima por um Estado independente e soberano. O imperialismo da União Européia e as decisões da Estratégia de Lisboa, Bolkestein, etc., fortalecem os monopólios e multinacionais contra os direitos dos trabalhadores e contribuem com a OTAN nas guerras contra os povos. Tentam criar antagonismos entre os trabalhadores promovendo à discriminação contra os imigrantes, a xenofobia e o racismo. Persiste ainda a ocupação e a divisão do Chipre pelo imperialismo. Também seria motivo para rir se não fosse o drama da situação, que existam ainda aqueles que celebram o vigésimo aniversário da queda do Muro de Berlim, como se isso tivesse aberto uma época feliz para a humanidade, no entanto, silenciam diante dos muros de hoje na Palestina, no México, os muros da exploração do homem pelo homem. Na Ásia, o povo nepalês luta pelo sucesso do processo de paz e pelo estabelecimento de uma Constituição que garanta o poder popular e melhores condições de vida para o povo. A juventude é o futuro do sindicalismo de luta com princípios de classes Os participantes da 1ª Conferência Internacional da Juventude Trabalhadora entende que os atuais poderes políticos e econômicos negam os valores mais elevados concebidos ao longo da história e submetem a juventude que trabalha a uma alienação brutal. Eles querem uma humanidade indiferente, uniforme, sem aspirar a um futuro melhor. Declaramos que nós, jovens trabalhadores, resistiremos a tais pretensões e oporemos nossas convicções e princípios que historicamente incentivam as lutas dos trabalhadores. Alçaremos mais alto do que nunca as nossas idéias, que continuam a alimentar a busca de uma sociedade superior, de justiça para o povo. Lutamos por: 1) A Paz. A humanidade é uma. À hipocrisia da globalização da barbárie e rapinagem capitalista devemos opor com a globalização da solidariedade. Não à guerra e ao imperialismo! 2) A defesa do nosso planeta, enfrentando a poluição das corporações transnacionais, que em sua busca de lucro nos conduz a nossa autodestruição. 3) O direito ao emprego e à jornada de trabalho reduzida com igualdade de remuneração e a eliminação do trabalho precarizado e dos contratos temporários. Ninguém é ilegal. 4) O direito dos jovens à educação e ao trabalho com garantias e à saúde. 5) A autonomia sindical, que não é a neutralidade, mas a afirmação dos interesses de classe. Pela liberdade de organização sindical com características juvenis para aumentar a filiação sindical e a renovação das gerações no nosso movimento. A Juventude trabalhadora diz que, como nós ensina Mariátegui ".... o proletariado não entra na história política senão como classe social no momento em que descobre a sua missão de construir uma ordem social mais elevada ....". Nós, os jovens, acreditamos no futuro!

OUTRO MUNDO É POSSÍVEL e é o socialismo!

Conquistá-lo, construí-lo, preservá-lo, está é a batalha histórica que nós, jovens trabalhadores, temos a nossa frente!

Lima, Peru, 20 de Novembro de 2009

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Nota Política da Coordenação Nacional da UJC - Brasil

UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA

Fundada em 1º de agosto de 1927

www.uniaodajuventudecomunista.blogspot.com

NOTA POLÍTICA DA UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA – BRASIL

A Coordenação Nacional da União da Juventude Comunista – UJC apresenta para a juventude brasileira, para o conjunto de sua militância, simpatizantes, amigos e aliados uma análise sobre a conjuntura e as lutas da juventude e aponta os eixos de atuação política da UJC para os seis próximos meses que antecedem o V Congresso Nacional da UJC - BRASIL.

A crise continua!

Os impactos da Crise Econômica Mundial acarretam para os trabalhadores e a juventude a perca de direitos, desemprego e o aumento da violência. A Crise continua! E cada vez mais é sentida com o aumento do número de pessoas que passam fome no mundo. Obama segue os planos de Bush dando continuidade a invasão militar dos Estados Unidos e aliados no Iraque e no Afeganistão, ameaçando uma Guerra na península Coreana e no Irã, além de manter o apoio a Israel inviabilizando a criação de um Estado Palestino. Promovendo a guerra em larga escala ainda foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz, quem sabe isso o tenha incentivado a enviar mais 30 mil soldados ianques para o Afeganistão para “pacificar” as lutas da resistência.

Como ressalta a Declaração Política do XIVº Congresso do PCB: “A crise demonstra de maneira cristalina a necessidade de os povos se contraporem à barbárie capitalista e buscarem alternativas para a construção de uma nova sociabilidade humana. Em todo o mundo, com destaque para a América Latina, os povos vêm resistindo e buscando construir projetos alternativos baseados na mobilização popular, procurando seguir o exemplo de luta da heróica Cuba, que ficará na história como um marco da resistência de um povo contra o imperialismo”.

Na América Latina, verifica-se uma crescente rejeição, por parte dos partidos de esquerda, das organizações dos trabalhadores, da juventude, dos movimentos sociais e populares, dos governos da Venezuela, do Equador, de Cuba Socialista e da Bolívia, ao projeto de Álvaro Uribe de favorecer a ampliação das bases militares dos Estados Unidos na Colômbia. Somadas a reativação da Quarta-Frota militar no Atlântico Sul e ao repleto histórico de intervenções políticas e militares na região, as bases militares podem cumprir o papel de fomentar um conflito armado na região ameaçando os países que hoje se contrapõem aos ditames de Washington como Cuba, Equador, Bolívia e Venezuela. A defesa estratégica do Pré-sal, da Amazônia e do Aquífero Guarani faz parte da luta contra o imperialismo.

O golpe militar em Honduras que culminou na deposição do presidente Manuel Zelaya foi uma clara ação contra a construção da Alternativa Bolivariana para os povos da Nossa América (ALBA). A UJC parabeniza e presta apoio militante a iniciativas concretas de solidariedade internacionalista como a da Casa da América Latina que colaboram para a concretização de ações efetivas junto aos movimentos sociais e populares, partidos e organizações políticas hondurenhas com o objetivo de denunciar e colaborar para a retomada do mandato do presidente Manuel Zelaya e a realização de uma constituinte naquele país.

Nossa resposta é a luta!

Uma pauta importante que se apresenta para os trabalhadores e a juventude do Brasil é o debate político sobre o PRÉ-SAL. Os petroleiros em conjunto com os movimentos sociais e populares e a juventude constroem a nível nacional a campanha O PETRÓLEO TEM QUE SER NOSSO! A UJC convoca a juventude brasileira a participar dessa importante campanha nacional envolvendo suas entidades, associações e organizações na construção dos Comitês, ações e mobilizações da campanha. Continuamos firme na denuncia dos leilões criminosos promovidos pela Agência Nacional do Petróleo (Presidida pelo PcdoB) que fatia e vende as riquezas petrolíferas para a iniciativa privada. Defendemos a realização de um plebiscito para termos uma nova Lei do Petróleo que extinga a ANP, acabe com os leilões das bacias petrolíferas, retome o monopólio estatal do petróleo e aponte para a Reestatização da Petrobrás sob o controle dos trabalhadores. Somente desta forma podemos preservar a soberania nacional e assegurar que os extraordinários recursos financeiros que serão gerados pelo pré-sal sejam usados para a solução dos graves problemas sociais brasileiros e não para fortalecer o imperialismo e dar mais lucros ao grande capital.

A crescente criminalização dos movimentos sociais e os assassinatos de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST são ações preocupantes que devem ser respondidas com o reforço nas ações de solidariedade e apoio militante ao MST. Entendemos que essa ofensiva contra o conjunto dos movimentos sociais, intensificada na criminalização do MST, é nitidamente uma iniciativa dos setores políticos mais conservadores do país, que hoje fazem parte inclusive do Governo Lula.

A UJC vem participando das mobilizações unitárias em conjunto com o PCB e a INTERSINDICAL que estão ocorrendo no Brasil defendendo que os ricos paguem pela CRI$E. Mas também denunciamos aqueles que sob a bandeira da unidade tentam conduzir os movimentos sociais, sindicais e de juventudes ao pacto social, agora “justificado" pela crise. A UJC fortalecerá as ações unitárias, mas buscará construir agendas próprias ou integrando campos progressistas, que identificam na crise questões inerentes do capitalismo. No Brasil defendemos a construção de uma FRENTE ANTICAPITALISTA E ANTIIMPERIALISTA, na perspectiva da formação de um Bloco Revolucionário do Proletariado que aglutine forças na luta pelo socialismo, que vá muito além de meras disputas eleitorais.

Seguimos lutando e criando!

A UJC retomou de forma regular sua participação junto a Federação Mundial das Juventudes Democráticas - FMJD fortalecendo a unidade das organizações de juventudes comunistas e revolucionárias no cenário internacional na luta contra o imperialismo e pelo socialismo. Além da participação no último Festival a UJC vem participando ativamente de reuniões, encontros e seminários da FMJD que ocorrem na América Latina.

Estivemos presentes no Conselho Geral da FMJD em Havana (CUBA) e na reunião regional da FMJD em Santiago (Chile) e vamos construir e participar do XVIIº Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes em 2010 alçando bem alto a bandeira do socialismo.

A UJC esta buscando estreitar cada vez mais seus laços de apoio e solidariedade com suas organizações amigas. O Congresso da Juventude Comunista da Venezuela – JCV realizado no final do mês de agosto do corrente ano sinalizou um importante acúmulo de experiências de lutas importantes para o conjunto das organizações de juventudes comunistas e da esquerda. Saudamos os 80 anos de fundação da Juventude Comunista do Equador – JCE. Compreendemos a importância e o compromisso revolucionário desta organização para o avanço da luta pelo socialismo no Equador e no mundo. Em setembro estivemos novamente presentes no Congresso da Juventude Comunista Paraguaia – JCP, organização com a qual aprofundamos as relações de solidariedade e internacionalismo, avançando nas lutas conjuntas pela soberania energética do Paraguai e na luta contra o latifúndio em nossos países.

A juventude trabalhadora é uma parcela da classe trabalhadora que sofre diretamente com a precarização, o desemprego e outras mazelas do capitalismo. A UJC vem acumulando experiências de organização e luta na organização dos jovens trabalhadores. Seguimos construindo a INTERSINDICAL e impulsionaremos a campanha NENHUM DIREITO A MENOS! AVANÇAR RUMO A NOVAS CONQUISTAS! Entre a juventude trabalhadora. A Coordenação Nacional da UJC convoca seus militantes da Frente de Jovens Trabalhadores a garantir a participação na Plenária Nacional da INTERSINDICAL nos dias 28 e 29 de novembro em Santos-SP, onde iremos realizar uma reunião nacional dos jovens trabalhadores ligados a UJC.

A UJC convoca seus militantes, amigos e simpatizantes a participação no processo de mobilização para a construção de um Seminário Nacional de Reorganização do Movimento Estudantil Secundarista durante o 38º Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas. A UBES que se destacou nos anos 90 na campanha pelo Fora Collor hoje atua em parceria com o ex-presidente na defesa das políticas compensatórias e focalizadas do governo Lula. Vamos participar do próximo congresso da UBES organizando os estudantes secundaristas e suas entidades de base (Grêmios) em cada estabelecimento de ensino com o objetivo de retomar o importante papel de mobilização e luta do movimento estudantil secundarista brasileiro. Movimento Estudantil Universitário

A destacada atuação unitária das Juventudes Comunistas do Fórum de Unidade dos Comunistas durante o último congresso da União Nacional dos Estudantes através da chapa POR UMA UNIVERSIDADE POPULAR marcou um passo importante no rumo de uma proposta de reorganização da UNE e da construção de um bloco no movimento estudantil brasileiro que prioriza o debate estratégico da construção da Universidade Popular em detrimento da disputa por cargos na direção da UNE e da opção por construir entidades paralelas. Não compartilhamos da visão idealista de que o movimento estudantil, em forte crise, será reorganizado por cima, através de criação de novas entidades, mas sim através de uma forte mobilização envolvendo o conjunto dos estudantes, em torno de propostas e programas claros de uma reestruturação do ME.

A União da Juventude Comunista vem reforçando sua atuação política em importantes universidades do país. Nossa participação nos processos eleitorais das entidades estudantis e nos congressos estudantis das universidades, não é um fim em si mesmo e sim uma possibilidade de potencializarmos o papel de organização e luta dos estudantes a partir do fortalecimento de suas entidades. Para tal, nos processos eleitorais e congressos que participamos buscamos construir um campo político que se contraponha aos campos governistas e paute o debate estratégico da construção da Universidade Popular.

Na UFG vencemos novamente as eleições para a gestão do DCE, enfrentando o boicote patrocinado pelas correntes governistas e a postura sectária de um setor do movimento. CRIAR, CRIAR, A UNIVERSIDADE POPULAR! Foi a palavra de ordem cantada na última ocupação de reitoria.

Em São Paulo mantemos nossa participação na construção do DCE da UNIFESP e estimulamos a organização do Movimento pela base, nos cursos, através dos Centros e Diretórios Acadêmicos e do movimento estudantil de área. Fortalecemos nossa atuação no Movimento Estudantil de Área, contribuindo com formulações no tocante a temas relacionados a saúde pública. Na USP TODO CARNAVAL TEM SEU FIM! É o nome de nossa chapa composta por militantes da UJC e estudantes independentes. Desde a ocupação da reitoria em 2007 ampliamos e qualificamos nossa intervenção política. A USP vem sofrendo vários ataques do Governo de José Serra, as mobilizações dos professores, técnicos administrativos e estudantes cresceram nos últimos anos.

No estado de Minas Gerais apoiamos a mobilização dos trabalhadores da Universidade Estadual de Minas Gerais contra o Governo Aécio Neves e estamos nos preparando para uma disputa contra a juventude do PSDB nas eleições para o Diretório Acadêmico da Faculdade de Educação - UEMG. Na UFMG após um processo eleitoral despolitizado e marcado por manobras políticas anti-democráticas que inviabilizaram nossa participação enquanto chapa e garantiu a vitória do campo governista,faz-se necessário a recomposição do campo de oposição a direção do DCE. Seguimos defendendo a realização de um Congresso dos Estudantes da UFMG para que neste congresso o movimento estudantil organizado possa construir uma plataforma de lutas pautada pela construção da UNIVERSIDADE POPULAR.

Na UERJ não participamos do processo eleitoral e denunciamos o acordo feito entre setores governistas com um setor da esquerda que constrói uma nova entidade. Retomamos nossa atuação na UERJ e somamos força na construção de um campo de oposição ao Governo de Sérgio Cabral.

Em Pernambuco participamos ativamente do Congresso dos Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) debatendo e combatendo posicionamentos anarcóides e pós-modernos que apontam para o fim das entidades estudantis. Na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) a cobrança de taxas é uma constante – seja na matrícula, no histórico escolar ou mesmo na expedição da 1º via do diploma de graduação. Enquanto militantes comunistas e defensores de um modelo educacional crítico e libertador, não aceitamos tal absurdo silenciosamente. É o nosso papel a organização dos estudantes para lutar contra as cobranças de taxas em universidades públicas e lutar pela construção de uma educação comprometida com as transformações necessárias e revolucionárias em nossa sociedade.

Na UFRGS, apoiamos a CHAPA 2 buscando manter o DCE na resistência aos ataques do Governo de Yeda Crusius a universidade e aos movimentos sociais. Na UFSM participamos da construção uma importante referência de esquerda no ME, que mesmo derrotada nas eleições para o DCE, politizou o debate e criou uma alternativa política de esquerda junto aos estudantes. Fortalecemos ainda nossa atuação na UFSC, denunciamos as manobras antidemocráticas feitas no Conselho de Entidades de Base e seguimos atuando em parceria com os movimentos sociais e pautando o debate estratégico da Universidade Popular.

A UJC esta retomando sua atuação no movimento de área fazendo o debate sobre as questões pertinentes a formação profissional na perspectiva da luta contra-hegemônica em relação ao capital. Participamos neste ano de vários encontros e buscaremos ampliar nossa participação nas executivas e federações de cursos, nos conselhos regionais e nacionais de entidades e no Fórum de Executiva e Federações de Cursos.

Os coletivos e núcleos de cultura da UJC estão desenvolvendo importantes atividades de cunho político e cultural pelo país. O Bloco Comuna que pariu! se prepara para sair novamente no carnaval do Rio de Janeiro, em Goiás o debate sobre Cultura Popular ganha cada vez mais fôlego, em Brasília a experiência do Teatro do Oprimido vem ampliando seus horizontes, Sábados vermelhos, Sexta Popular de Cultura e shows com bandas alternativas, são importantes experiências, que também levantam as bandeiras da União Juventude Comunista em diversos estados do país.

Ampliamos o núcleo da UJC em Cuba, denominado Carlos Marighela, que organiza estudantes brasileiros da Escola Latino-Americana de Medicina e da Escola Internacional Salvador Allende. Os jovens comunistas que estudam e vivem em Cuba, contribuem na construção do Socialismo na Ilha e nas lutas contra o Bloqueio e pela Liberdade dos 5 Heróis Cubanos.

Saudamos a realização do XIVº Congresso Nacional do Partido Comunista Brasileiro – PCB, organização da qual surge a União da Juventude Comunista e a qual a UJC possui vínculos políticos-ideológicos inquebrantáveis. A reconstrução revolucionária do PCB é uma conquista para a juventude e classe trabalhadora do Brasil e do mundo e nesses marcos, a própria reorganização da UJC em 2005, foi e é uma parte importante.

Construir o V Congresso: tarefa dos jovens comunistas

A Coordenação Nacional da UJC convoca seus militantes a começarem desde já os preparativos para o V Congresso Nacional da União da Juventude Comunista que se realizará nos dias 02, 03 e 04 de abril de 2010, na cidade de Goiânia/GO. O reforço na construção política e material da organização, a participação nas lutas políticas da juventude brasileira e a atenção na consecução das tarefas e objetivos traçados são peças fundamentais na consolidação da UJC a nível nacional como organização da juventude comunista na luta pelo socialismo no Brasil e no mundo.

A UJC mais do que nunca escreve em suas bandeiras e flâmulas: Fomos, Somos e Seremos Comunistas.

Viva a União da Juventude Comunista!

Viva o V Congresso Nacional da UJC!

COORDENAÇÃO NACIONAL DA UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA

Rio de Janeiro – RJ – Brasil – Novembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

UJC e as eleições do DCE da UFSC



Sobre eleições
Não somos contra eleições em geral, isso deve ficar bem claro. Reconhecemos a importância do sufrágio universal como avanço político e de forma alguma aceitamos retrocessos nesse sentido. Na história recente, eleições simbolizam a derrota da ditadura civil-militar no Brasil.
Devido ao atual esvaziamento e fragmentação do ME, o processo eleitoral também pode se configuram como momento de “sacudir” e trazer à tona algumas discussões. Contudo não aceitamos a dogmática em voga, que absolutiza toda e qualquer eleição, como se fosse algo separado do contexto, como se NÃO fosse necessário refletir sobre estrutura e conjuntura, inclusive sobre a forma da democracia na qual as eleições acontecem.
Sobre a eleição para direção do DCE da UFSC (2009)
Para justificar a formação de chapa não basta a vulgaridade simplificadora do jargão “barrar a direita”. A eleição para direção do DCE da UFSC merece uma análise mais aprofundada.
Primeiro é preciso esclarecer o que significa “barrar a direita”. Se significar a reconstrução do ME na perspectiva da Universidade pública, gratuita, de qualidade, com acesso universal e a serviço da maioria da população, com ampla participação de base e com debate inclusive sobre as eleições, não somente no mês de outubro (mas o ano inteiro), então concordamos. Isto posto, então será necessário qualificar o motivo pelo qual se fundamenta a concentração de esforços na formação de chapa para a eleição, como caminho adequado para atingir o objetivo acima. É exatamente tal fundamento que não existe ou não foi explicitado. As forças políticas do ME, inclusive as de esquerda, correm à formação de chapa como se fosse algo indiscutível. Porém o debate crítico é indispensável para orientar uma prática ousada que responda às necessidades políticas da reconstrução do ME.
Sobre democracia estudantil
A Gestão que assume o DCE é “proprietária do mandato”, e obtém grande autonomia e distanciamento frente aos estudante, aqui seria pertinente questionar se este modelo não exige uma avaliação com mais profundidade, visando aumentar o poder de decisão do CEB, e tornando as ações da gestão mais flexíveis e coletivas, criando novas formas de exercício de direção coletiva por parte do conjunto dos estudantes, assim como intensificando e ampliando formas já consagradas, como assembléia geral.
Sobre ME e o REUNI
No contexto atual, onde impera uma grande fragmentação e desorganização do ME, onde a histórica entidade dos estudantes, a UNE, está convertida por sua direção em “correia de transmissão” das políticas do Banco Mundial, intermediadas pelo governo Lula é claro, e quando parte da esquerda se empenha em construir pela cúpula uma entidade paralela (ANE-L), onde poucos estão envolvidos com a reconstrução do Movimento Estudantil e sua entidades (não a mera disputa dos cargos), nos parece da maior importância ainda levantar criticamente algumas questões que pensamos centrais para se levar adiante uma ação transformadora (não pautada apenas pelo calendário eleitoral), como por exemplo o debate e combate ao REUNI.
O REUNI foi implantado com uma forte resistência estudantil inicial em 2007 (inclusive na UFSC) e grandes aparatos da repressora polícia federal, mas de lá para cá encontrou pouca resistência. Não seria mais importante (no momento atual) concentrar os esforços no combate ao receituário do Banco Mundial (REUNI)? O que se vê no panorama atual do ME da UFSC é o apelo da arte pela arte, gestões e chapas promovendo uma completa despolitização apoiada em peso pelo senso comum, em meio a plena destruição do ensino superior. Sabemos e não desconsideramos a importância de muitos militantes dentro do ME da UFSC, que por suas organizações, estão disputando o processo em suas devidas chapas, muito menos a imensa importância dos independentes que delas fazem parte, motivo esse pelo qual expomos aqui nossas opiniões, por acreditar na construção de um ME coletivizado e pautado pela base.
Na realidade a direita tem implementado seu projeto com tranqüilidade, mesmo com tantas eleições, disputas desse gênero. Salta ao olhos a força da direita na efetivação do REUNI.
Sobre ação política e eleição para direção do DCE
Não parece adequado ignorar o processo eleitoral, pelo contrario, é muito importante agir, participar, o que não implica obrigatoriamente formar chapa. Pretendemos contribuir para explicitar as prioridades do ME. Será que a eleição deve criar uma dinâmica própria que subordina o movimento político estudantil? Nossa resposta é NÃO! Em nossa avaliação a eleição deve fortalecer a reconstrução do ME na perspectiva de uma Universidade pública, gratuita, de qualidade, com acesso universal e a serviço da maioria da população e não uma mera disputa por cargos. Só um movimento de base e independente pode dar sustentação a participação em eleições com esse caráter.
É na prática política do dia a dia que temos como analisar e avaliar os caminhos e rumos do ME, não pelos panfletos e jornais eleitorais. Jogar o jogo eleitoral acriticamente tem implicações importantes, se a atuação das forças conservadoras e de esquerda se reduz à participação em eleições, como exigir uma mudança no modo de fazer, apenas pela força das palavras? É necessário coerência prática.
Por isso vamos participar do processo NÃO FORMANDO CHAPA E PAUTANDO AS QUESTÕES QUE ENTENDEMOS PRIORITÁRIAS.
Repúdio às manobras no CEB
Embora NÃO inscritos como chapa, mas como estudantes da UFSC, REPUDIAMOS as manobras no CEB com vistas a alteração do regimento eleitoral, pois a convocação da reunião do Conselho se deu de forma irregular. Como se não bastasse, frente ao esvaziamento do ME, se tenta, de maneira forçada, polarizar mais uma vez o CTC com o CFH, pois entendemos que o processo de auto-convocação do CEB pelos CAs, (no mínimo 16 CAs tem que assinar a convocatória) passa pelo fato da direção do DCE ou da comissão eleitoral não convocar, e não pelo fato de alguns CAs, escolhidos a dedo, com intenções claras de impor algo ao processo eleitoral, já em andamento. Dessa forma entendemos que quando alguns CAs não são convidados a assinar a convocatória e quiça a recebem depois, conforme ordena o estatuto do DCE, algo de ruim está em jogo, menosprezando e desvalorizando a importância do CEB. Outro ponto a ser destacado sobre o CEB é a personificação dos CAs, sempre as mesmas pessoas falando mais por si do que pela entidade, levando ao conselho, suas perspectivas pessoais e ou de grupos, que não necessariamente são as posições do Centro Acadêmico.