segunda-feira, 31 de agosto de 2009

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

UJC Presente no XI Congresso da JCV

O camarada Heitor Cesar, secretário de organização da UJC, representa a organização no XI Congresso da Juventude Comunista da Venezuela (JCV) que ocorre entre os dias 27 e 30 de agosto.
Neste sentido a UJC segue reforçando seus laços de solidariedade com as organizações comunistas irmãs e pricipalmente com os povos em luta de nossa América Latina, e especificamente com a Revolução Bolivariana.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Aniversário da JCE

80º ANIVERSÁRIO DE FUNDAÇÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA DO EQUADOR

Com o lema de "Avançar na Unidade Juvenil, pela Revolução e pelo Socialismo!" a Juventude Comunista do Equador celebra nesta sexta-feira, dia 28 de agosto, seu octagésimo aniversário de fundação com uma sessão solene a realizar-se em Guayaquil, na Sociedade de Carpinteiros e Auxilio Mútuo às 18hs.

A Direção Nacional do Comitê Central da Juventude Comunista do Equador, o Partido Comunista do Equador (PCE) e as diferentes organizações politicas aliadas, fazem um chamado a unidade popular que permita avançar no atual processo de libertação nacional que vive o Equador.

Processo no qual a Juventude Comunista está tomando um papel protagonista que lhe permitiu um forte crescimento da sua militância em nivel nacional.

Diante do anuncio do presidente Rafael Correa de radicalizar a Revolução Cidadã, a Juventude Comunista do Equador decidiu de forma unitária trabalhar desde as suas bases revolucionárias pela criação dos Comitês de Defesa da Revolução Cidadã (CDRC)com a finalidade de garantir a incorporação dos e das jovens nos espaços de debate e construção popular.

Os primeiros passos do que hoje é a combativa Juventude Comunista do Equador, se iniciaram no dia 27 de agosto de 1929, na cidade de Quito onde se fundou a Federação Juvenil Comunista (FJC), qua anos depois mudaria deu nome para o atual. A JCE é uma organização política juvenil que se orienta pelos principios do Marxismo-Leninismo e na linha política e pelo programa do Partido Comunista do Equador.

Nas suas fileiras se destacaram grandes camaradas como Pedro Saad Niyaim, Joaquín Gallegos Lara e Enrique Gil Gilbert.

Construir a unidade juvenil, pela Revolção e pelo Socialismo!

Comité Central

Juventude Comunista do Equador

domingo, 23 de agosto de 2009

COMPANHEIRO ELTON BRUM: PRESENTE!

NOTA PÚBLICA SOBRE O

ASSASSINATO DE ELTON BRUM PELA BRIGADA MILITAR

DO RIO GRANDE DO SUL

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra vem a público, manifestar novamente seu pesar pela perda do companheiro Elton Brum, manifestar sua solidariedade à família e para:

  1. Denunciar mais uma ação truculenta e violenta da Brigada Militar do Rio Grande do Sul que resultou no assassinato do agricultor Elton Brum, 44 anos, pai de dois filhos, natural de Canguçu, durante o despejo da ocupação da Fazenda Southall em São Gabriel. As informações sobre o despejo apontam que Brum foi assassinado quando a situação já encontrava-se controlada e sem resistência. Há indícios de que tenha sido assassinado pelas costas.

  1. Denunciar que além da morte do trabalhador sem terra, a ação resultou ainda em dezenas de feridos, incluindo mulheres e crianças, com ferimentos de estilhaços, espadas e mordidas de cães.

  1. Denunciamos a Governadora Yeda Crusius, hierarquicamente comandante da Brigada Militar, responsável por uma política de criminalização dos movimentos sociais e de violência contra os trabalhadores urbanos e rurais. O uso de armas de fogo no tratamento dos movimentos sociais revela que a violência é parte da política deste Estado. A criminalização não é uma exceção, mas regra e necessidade de um governo, impopular e a serviço de interesses obscuros, para manter-se no poder pela força.

  1. Denunciamos o Coronel Lauro Binsfield, Comandante da Brigada Militar, cujo histórico inclui outras ações de descontrole, truculência e violência contra os trabalhadores, como no 8 de março de 2008, quando repetiu os mesmos métodos contra as mulheres da Via Campesina.

  1. Denunciamos o Poder Judiciário que impediu a desapropriação e a emissão de posse da Fazenda Antoniasi, onde Elton Brum seria assentado. Sua vida teria sido poupada se o Poder Judiciário estivesse a serviço da Constituição Federal e não de interesses oligárquicos locais.

  1. Denunciamos o Ministério Público Estadual de São Gabriel que se omitiu quando as famílias assentadas exigiam a liberação de recursos já disponíveis para a construção da escola de 350 famílias, que agora perderão o ano letivo, e para a saúde, que já custou a vida de três crianças. O mesmo MPE se omitiu no momento da ação, diante da violência a qual foi testemunha no local. E agora vem público elogiar ação da Brigada Militar como profissional.

  1. Relembrar à sociedade brasileira que os movimentos sociais do campo tem denunciado há mais de um ano a política de criminalização do Governo Yeda Crusius à Comissão de Direitos Humanos do Senado, à Secretaria Especial de Direitos Humanos, à Ouvidoria Agrária e à Organização dos Estados Americanos. A omissão das autoridades e o desrespeito da Governadora à qualquer instituição e a democracia resultaram hoje em uma vítima fatal.

  1. Reafirmar que seguiremos exigindo o assentamento de todas as famílias acampadas no Rio Grande do Sul e as condições de infra-estrutura para a implantação dos assentamentos de São Gabriel.

Exigimos Justiça e Punição aos Culpados!

Por nossos mortos, nem um minuto de silêncio. Toda uma vida de luta!

Reforma Agrária, por justiça social e soberania popular!

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

NOTA DA FMJD

FMJD contra o anti-comunismo e todo o tipo de medidas antidemocráticas.
No dia de hoje, a União Europeia está convidando todos os povos europeus para comemorar “o dia Europeu de recordação das vítimas do stalinismo e do nazismo”, seguindo as definições anticomunistas e antidemocráticas aprovadas pelo Parlamento Europeu. Esta medida é, mais uma vez, uma etapa para a criminalização do ideal comunista e uma tentativa para fazer equivalente a ideologia fascista à ideologia da paz, da liberdade e da democracia, a ideologia comunista.
Além disso, é uma hipocrisia completa para uma estrutura como a União Européia para levantar a “bandeira da democracia”, quando própria impõe pela terceira vez uma Constituição Européia que já foi rejeitada duas vezes pelos povos; uma estrutura como a União Europeia que suporta uma organização como a OTAN e atuando para reforçar os poderes desta máquina de matança internacional e de destruição que durante os últimos 60 anos suportou todos os regimes fascistas da Europa; uma estrutura como a União Européia que tem estreitado relações econômicas e políticas com o Estado de Israel sionista, que chacina e humilha os povos palestinos em sua própria terra; uma estrutura como a União Europeia, que permite que uma juventude, organização democrática e pacifista seja proibida apenas por causa de sua ideologia comunista (a saber, a União da Juventude Comunista da República Tcheca).
Aos membros do Parlamento Europeu que aprovou esta definição e a todos aqueles que decidem se juntar esta celebração sombria, nós lembramos que era a Europa Ocidental e os EUA (“pais democrático assim chamados "), não tiveram nenhuma hesitação para trazer de volta ao poder os altos oficiais dos exércitos fascistas derrotados. Além disso, é importante lembrar que dois terços de todas as frentes de batalha que permitiram que o mundo derrotasse o exército de Hitler estavam na Europa Oriental e, a maioria delas, foram conduzidas pela União Soviética. Tais processos de comparar regimes fascistas às sociedades de orientação socialista, a saber União Soviética, são manobras da ilusão e da mentirados poderes Imperialistas em agonia.
Hoje, como no passado, o imperialismo está criando meios, estratégias e circunstâncias subjetivas para perseguir as forças comunistas, progressistas e anti-imperialistas, particularmente no momento em que vivemos, quando a crise financeira internacional trouxe mais claramente as contradições irreversíveis do Imperialismo como um estágio superior do sistema capitalista. O imperialismo sabe que sua sobrevivência, ou o atraso de seu declinio, dependem de confundir a juventude e os povos do mundo, impedindo-os que se mobilizem e se reagrupem sob as organizações anti-imperialista para buscar verdadeiramente um futuro calmo, justo e duradouro.
A FMJD chama a atenção aos crimes e os massacres em curso contra à humanidade que merecem não somente a análise mas a ação concreta de todos os meios democráticos possíveis, tais como o massacre dos povos palestinos e sarianos, as perseguição constantes a todos os democratas na Colômbia, Burma, Suazilândia, Filipinas e outros, assim como a situação inaceitável do Golpe de Estado em Honduras.
A FMJD convida todas suas organizações membro e amigas para denunciar o ataque anticomunista que é lançado e para continuar seu esforço pela democracia e liberdade, ao lado de todas as bandeiras que devem constituir um Estado verdadeiramente democrático, como o acesso universal à educação, ao emprego, à saúde, ao alimento, à cultura e ao esporte, que está muito longe de ser a realidade dentro dos Estados Europeus e de muitos outros no mundo.
Budapest,
23 de agosto de 2009
FMJD

sábado, 22 de agosto de 2009

SITES DE JUVENTUDES INTERNACIONAIS

Abaixo sites de Juventudes Comunistas amigas da UJC:
Juventude 26 de Março (Uruguai): www.26demarzo.org.uy/juventud
Federação Juvenil Comunista (Argentina): www.lafede.org.ar
Juventudes Comunistas (Chile): www.jjcc.cl
Juventude Comunista do México (México): www.juventudcomunista.org
Juventude Comunista da Venezuela (Venezuela): www.jotaceve.org
Liga da Juventude Comunista (Canadá): www.ycl-ljc.ca
Liga da Juventude Comunista (EUA): www.yclusa.org
União das Juventudes Comunistas da Espanha (Espanha): www.juventudes.org
Coeltivos de Jovens Comunistas (Espanha): www.cjc.es
Juventude Comunista Portuguesa (Portugal): www.jcp-pt.org
Uniãoda Juventude Comunista (República Tcheca): www.ksm.cz
Liga da Juventude Comunista (Reino Unido): www.ycl.org.ku
Liga da Juventude Comunista (África do Sul): www.ycl.org.za
União da Juventude Comunista (Suécia): www.sku.st
Movimento da Juventude Comunista (França): www.jeunes-communistes.org
Juventude Comunista da Itália (Itália): www.giovanicomunisti.it
Juventude Comunista da Áustria (Áustria): www.kjoe.at
Liga da Juventude Comunista Chinesa (China): www.ccyl.org.cn
Juventude Rebelde (Jornal da UJC de Cuba): www.juventudrebelde.cu
União da Juventude Comunista da Federação Russa (Rússia): www.skmrf.ru
Juventude Comunista da Grécia (Grécia): www.kne.gr
Federação Mundial das Juventudes Democráticas (FMJD): www.wfdy.org

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

CONTATOS DA COORDENAÇÃO NACIONAL

Camaradas,
com o intuito de facilitar a comunicação entre a Coordenação Nacional com as Coordenações Regionais e com os militantes e simpatizantes da UJC, divulgamos os contatos dos camaradas que compõem a atual coordenação:
Túlio Lopes: Secretario Geral - tuliodlopes@yahoo.com.br Heitor Cesar: Secretario de Organização - heitor.pcb@hotmail.com Gustavo Harder: Secretario de Finanças - gustavo_harder@hotmail.com Rodrigo Lima: Secretario de Relações Internacionais - limaujc@hotmail.com Wagner Farias: Secretário de Formação - wagner_farias25@yahoo.com.br Aldo José: Secretario de Jovens Trabalhadores - aldo_bala@yahoo.com.br Thiago Jorge: Secretário de Cultura - thiagojorgecarvalho@yahoo.com.br Paulo Maskote: Secretário de Movimento Estudantil - paulowinicius@gmail.com Edson Mendonça - e_mendoncas@yahoo.com.br Paulo Schueler - pauloschueler@yahoo.com.br Rodrigo Maciel - rodrigopcb@yahoo.com.br Sakay Brito - sakayujc@yahoo.com.br Sildeane Sales - sildeanesc@hotmail.com Fabio Medeiros - fabiomedeiros79@yahoo.com.br Renata Regina - renataujc@hotmail.com E-mail oficial da UJC: ujcbrasil@yahoo.com.br

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

REUNIÃO DA COORDENAÇÃO NACIONAL DA UJC

No último sábado dia 15 de agosto reuniu-se na cidade do Rio de Janeiro, na sede nacional do PCB, a Coordenação Nacional da UJC.
Com a tarefa de responder as demandas das bases e organizar as lutas e tarefas da UJC neste semestre os camaradas reunidos realizaram um amplo debate sobre a conjuntura atual, ressaltando a preocupação em aprofundar a análise sobre a Crise suas consequências e as possibilidades de luta da juventude trabalhadora nesta quadra da História.
Aprofundou-se a discussão sobre as Frentes de Luta da UJC, destacando a importância de organização dos jovens comunistas nos locais de trabalho, além do fortalecimento da INTERSINDICAL.
Com relação ao Movimento Estudantil, encaminhou-se a continuidade na organização do Movimento pela Reconstrução da UNE, a necessidade de uma reflexão coletiva sobre o eixo estratégico da Universidade Popular, além da mobilização dos secundaristas comunistas para o Congresso da UBES ao final do ano.
No campo internacional ressaltou-se a retomada da participação da UJC no cenário internacional, tendo como tarefas presentes a participação nos congressos da Juventude Comunista da Venezuela e da Juventude Comunista Paraguaia, além da reunião regional da FMJD que realizam-se nos meses de agosto e setembro, respectivamente.
Encaminhou-se também uma campanha financeira que será encaminhada para as coordenações regionais, assim que o projeto estiver elaborado pela Comissão Nacional de Finanças.
Por fim, uma das decisões mais importantes tomadas foi a tirada de um calendário para a realização do V Congresso da UJC, que se realizará nos dias 2, 3 e 4 de abril de 2010, na cidade de Belo Horizonte (a confirmar).
A Coordenação Nacional da UJC conclama todos os camaradas a colaborar com o máximo de esforço no fortalecimento do processo de construção do XIV Congresso do Partido Comunista Brasileiro.
Coordenação Nacional da UJC
Rio de Janeiro, 15 de agosto de 2009.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

JCV EM DEFESA DA NOVA LEI ORGÂNICA DA EDUCAÇÃO

JCV adere a marcha em defesa da Lei Orgânica da Educação

Caracas, 12 de agosto

A Juventude Comunista da Venezuela (JCV) aderiu a marcha convocada por diversas forças sociais e políticas programada para a quinta-feira, dia 13 de agosto, ás 10h da manhã, partindo da praça Morelos até a Assembléia Nacional, em defesa da nova Lei Orgânica da Educação (LOE) contra a ofensiva organizada pelos defensores da educação privada.

Esta jornada de mobilização se desenvolve no marco do debate que está promovendo a Assembléia Nacional no processo de aprovação da LOE que permitirá adequar a educação venezuelana aos parâmetros da Constituição Política da República Bolivariana da Venezuela.

Para os e as jovens comunistas venezuelanos a implementação da nova LOE, suas leis especiais e regulamentação deve ser parte de uma ampla discussão entre todos os setores sociais e politicos do país, neste sentido mantêm seu chamado ao desenvolvimento da Constituinte pela Educação Popular.

Este espaço - afirmou Francisco Guacarán, Presidente do Centro de Estudantes da Escola de Sociologia da Universidade Central da Venezuela (UCV) - deveria abordar a nova Lei de Educação Universitária; a organização estudantil e a participação popular no processo educativo.

Por isso, destacou "convidemos aos estudantes, as e os jovens trablhadores, a juventude camponesa e os demais setores juvenis a cerrar filas em defesa da Nova Lei Orgânica da Educação".

Fonte: Tribuna Popular

SOLIDARIEDADE EM HONDURAS (3º COMUNICADO)

BRASILEIROS EM HONDURAS

Com a impressionante ampliação da resistência popular, após 46 dias de golpe, a repressão de ontem para hoje atingiu seu mais elevado nível, de acordo com nossos interlocutores e a própria imprensa burguesa.

A manifestação de ontem, da qual participamos, foi a maior de toda esta jornada. Aqui em Tegucigalpa, durante as quase oito horas de manifestações, participaram mais de 50 mil pessoas. Em São Pedro de Sula, cidade industrial a cerca de quatro horas de carro daqui, soubemos que os atos foram também expressivos. A greve foi ampla no serviço público, sobretudo entre os professores.

A nossa delegação foi carinhosamente recebida pelos manifestantes. Na concentração antes da passeata, fomos chamados a falar aos manifestantes. Deixamos claro que estamos aqui em representação de diversas instituições políticas e sociais brasileiras, solidárias com a resistência. Desfraldamos na manifestação uma bandeira brasileira, que apareceu em toda a cobertura da televisão e da imprensa em geral.

A manifestação de ontem terminou por volta das 16 horas. Na dispersão, houve ações contundentes contra algumas empresas de propriedade de oligarcas hondurenhos envolvidos com o golpe.

À noite, o governo decretou a volta do toque de recolher. De madrugada, a sede da Via Campesina foi alvo de um atentado a tiros por parte de agentes golpistas.

Apesar desta ofensiva da direita, nova manifestação se deu hoje, com dezenas de milhares de pessoas que - saindo da Universidade Pedagógica (onde estavam acampados os manifestantes vindos do interior do Estado) - se dirigiam pacificamente ao Congresso Nacional. Chegando ao destino, a passeata foi cruelmente reprimida pela Polícia Nacional e pelo Exército. Milhares de soldados, em grupos de cerca de trinta, percorreram as ruas do centro da cidade dispersando violentamente os manifestantes.

Grande parte dos manifestantes dirigiu-se então à Universidade Pedagógica, a fim de se reagruparem e se reorganizarem. No entanto, o Exército e a Polícia já haviam ocupado o campus universitário. Neste momento, a sede da Via Campesina, de alguns sindicatos e de organizações ligadas à Frente Nacional Contra o Golpe de Estado estão ocupadas pelas forças repressoras.

Quando escrevíamos este informe, ainda não se conhecia o número de vítimas da repressão que, entre presos e feridos, certamente se contam às centenas. Vejam algumas fotos que aqui apresentamos.

Amanhã devemos voltar ao Brasil, após realizarmos contatos políticos com as forças que impulsionam a resistência, de forma que possamos em nosso país dar continuidade à solidariedade.

Conclamamos todas as forças progressistas brasileiras a cerrarem fileiras em torno da solidariedade ao povo hondurenho. Até porque, pelo que sentimos aqui, a resistência deste valoroso povo não se curvará aos oligarcas locais e ao imperialismo.

Tegucigalpa, 13 de agosto de 2009

Amauri Soares

Deputado Estadual (SC)

Ivan Pinheiro

Secretário Geral do PCB

Marcelo Buzetto

Dirigente Nacional do MST

PS: chegou hoje à tarde aqui em Tegucigalpa o companheiro Dirceu Travesso, da Conlutas, que deverá ficar em Honduras até segunda-feira.

NOTA POLÍTICA DO PCB

A CRISE NO SENADO É A CRISE DO SISTEMA BURGUÊS
Só o Poder Popular fará avançar a democracia!
Os lamentáveis fatos que vêm ocorrendo no Senado Nacional, envolvendo seu presidente, José Sarney - as frequentes quebras de decoro parlamentar ou os inúmeros abusos de poder que se manifestam nas nomeações (sem concurso) de parentes de deputados e senadores para funções públicas, nos chamados atos secretos, ou nas denúncias de corrupção que a toda hora aparecem na mídia - geram um grande desgaste para as instituições políticas e contribuem para o aumento da descrença de grande parte da população nos partidos, nas ações políticas e mesmo na chamada democracia representativa.

Nas formações sociais capitalistas, a disputa pelo poder político, seja no executivo, no legislativo e mesmo no judiciário, por vias indiretas, se manifesta, principalmente, nas ações e interesses da classe dominante, com o apoio direto dos meios de comunicação privados, que traduzem a realidade conforme a ótica burguesa.

Os grandes grupos econômicos injetam volumosos recursos financeiros nos partidos da ordem. Destes, alguns se apresentam com linha política e base ideológica mais definida, voltada para a ordenação da sociedade pelos preceitos liberais e visando favorecer a acumulação capitalista. Outros se propõem a representar interesses privados mais localizados. As leis eleitorais reforçam o sistema, protegendo e viabilizando os grandes partidos burgueses e dificultando ao máximo a organização e a ação dos partidos e organizações formados por representantes e segmentos das classes trabalhadoras.

Se a Câmara dos Deputados representa de forma um pouco menos distorcida o conjunto da sociedade (com o voto proporcional dos eleitores), o Senado, com três representantes por estado, independentemente do seu tamanho, reforça os segmentos mais conservadores.

A contrapartida oferecida pelas representações parlamentares burguesas é o atendimento dos interesses privados, que se fazem representar diretamente ou por meio de pressões organizadas (lobbies). Os meios para o exercício do poder, por estes grupos, cobrem desde os procedimentos legais e formais da apresentação e aprovação de leis de seu interesse até o uso de esquemas diversos de corrupção (que, por sua vez, vão da compra de votos à apropriação privada de recursos e patrimônio públicos).

No Brasil, a prática da usurpação do patrimônio público por interesses privados vem desde a Colônia e se mantém até o presente na ação dos grandes latifundiários, dos chamados "coronéis" que compram votos com grande facilidade. Esta prática se estende aos "capitães da indústria" e aos grandes banqueiros. Os longos períodos de ditaduras contribuíram também para o enorme distanciamento entre a estrutura política representativa e a maioria da população, além de enfraquecer - muitas vezes com prisões e assassinatos - as representações políticas dos trabalhadores.

A saída imediata de José Sarney da presidência do Senado será, sem dúvida, um passo importante para a moralização daquela casa legislativa. Mas é preciso ir adiante. Sem qualquer ilusão de que seja possível chegar-se a uma democracia plena no capitalismo, é urgente avançar na legislação eleitoral para que a maioria da população - os trabalhadores - esteja melhor representada no sistema político.

Defendemos a mais ampla liberdade de organização partidária, o financiamento público das campanhas eleitorais, o voto em listas, a abertura dos espaços legislativos para o controle e a participação direta das diferentes entidades representativas da sociedade. O fim do Senado, com o fortalecimento de um Congresso unicameral e a construção do Poder Popular - eleito diretamente pela população em cada região - são medidas essenciais para o aprimoramento da democracia dos trabalhadores.

O PCB entende que estes avanços só poderão ser conquistados com muita luta, com a maior organização dos trabalhadores, no bojo da luta maior - a luta de classes - no caminho da construção revolucionária do Socialismo.

PCB - Partido Comunista Brasileiro Agosto de 2009

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

SOLIDARIEDADE EM HONDURAS (2º COMUNICADO)

BRASILEIROS EM HONDURAS

Hoje, 11 de agosto, Honduras foi palco de grandes manifestações populares. Diversos movimentos, partidos e organizações da Frente Nacional de Luta Contra o Golpe de Estado deram continuidade às lutas que tiveram início em 28 de junho, quando foi deposto o presidente Manuel Zelaya.

Milhares de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade se uniram numa mobilização que reuniu cerca de 50 mil pessoas na capital, Tegucigalpa. Estavam presentes camponeses/trabalhadores rurais da Via Campesina, membros da Confederação Nacional Indígena-COPIN, diversos setores do movimento operário-sindical (com destaque para os professores que mantêm uma greve por tempo indeterminado), Federação Universitária Revolucionária-FUR e outros setores do movimento estudantil, Frente dos Advogados Contra o Golpe, Feministas Contra o Golpe, setores do Partido Liberal, setores da igreja católica, Igreja Luterana, parlamentares e militantes do Partido da Unificação Democrática – UD, do Movimento Nova Democracia e inúmeras outras entidades dos movimentos social-operário-popular-estudantil.

As diversas marchas foram se encontrando num local muito próximo da Casa Presidencial. Falaram as delegações internacionalistas do Brasil, da Argentina e dos EUA. A concentração durou 5 horas, aguardando os companheiros e companheiras que vinham de várias regiões do interior do país. Enquanto isso, milhares também se concentravam em San Pedro de Sula.

Durante a marcha até Tegucigalpa foram acontecendo manifestações locais, fechamento de rodovias, etc.

Quando uma das últimas das marchas chegou, centenas foram se dirigindo até o Boulevard João Paulo II, avenida da Casa Presidencial, e a Frente convocou o povo para se dirigir até lá.

Enquanto se avaliava qual seria o rumo da marcha, que agora já contava com muita gente, a situação ficava tensa por causa do crescimento do número de soldados, da polícia e do exército. As ruas em torno da Casa Presidencial foram fechadas para pessoas e veículos. Batalhões de Choque e atiradores da polícia e do exército se posicionavam enquanto o povo gritava “Nos tienen miedo porque no tenemos medo”.

Diversos companheiros e companheiras reconhecem que o nível de consciência política e de organização das massas se elevou neste último período (pós-28/06), mas que ainda é insuficiente para impor uma esmagadora derrota no projeto golpista.

A esposa e a filha de Zelaya também falaram nos atos.

Existe um esforço em se organizar, e a Comissão de Disciplina do ato identificou infiltrados que, a pé e de moto, acompanhavam as marchas. Logo foram tomadas as medidas necessárias.

A marcha foi impedida de se aproximar da Casa Presidencial, e aí viveu-se um momento de impasse. A polícia iniciou uma negociação para que ocupássemos uma faixa da avenida e seguíssemos por uma rua próxima da Casa, mas o exército foi contra e mandou mais soldados para fortalecer a barreira criada pelas forças da repressão.

A avaliação foi que era preciso evitar um confronto desnecessário naquele momento. Foi dada orientação para não confrontar com as tropas e seguir em caminhada até a Universidade Pedagógica, onde todos ficariam alojados. No caminho um grupo de policiais atirou, segundo militantes que testemunharam o fato, num jovem militante. Então setores do povo reagiram com ações contra estabelecimentos comerciais de propriedade de empresários golpistas e um ônibus. A polícia aproveitou para desencadear a repressão disparando contra o povo. O resultado foi aproximadamente 50 presos. Não temos ainda o número total de feridos. Neste momento, advogados e membros da Frente estão tentando libertar os companheiros. Em resposta à grande mobilização de hoje, o governo anunciou às 19h00 o retorno do toque de recolher das 22h00-05h00, podendo ampliar o mesmo caso considere necessário.

Lembramos que no dia que o presidente Manuel Zelaya tentou entrar no país pela fronteira com a Nicarágua o governo estendeu o toque de recolher até ás 12h00, para impedir o povo de se encontrar com ele, e houve muitos conflitos.

O bloqueio midiático é total, mas a consciência do povo está despertando no dia-a-dia das lutas.

Fortalecer as marchas e mobilizações, fortalecer a unidade na Frente, defender em qualquer situação uma Assembléia Constituinte, parecem ser essas as tarefas principais desse momento.

Tegucigalpa, 11 de agosto de 2009

Amauri Soares

Deputado Estadual (SC)

Ivan Pinheiro

Secretário Geral do PCB

Marcelo Buzetto

Dirigente Nacional do MST

UJC participa de homenagem a Bertolt Brecht

O Clube de Cultura de Porto Alegre (fundado por judeus progressistas na década de 1950, dentre eles membros do PCB) realiza no dia 14 de agosto uma atividade em homenagem aos 53 anos da morte do grande escritor, teatrólogo e poeta comunista Bertolt Brecht. A UJC se fará presente em tão importante evento contribuindo na organização e na divulgação da atividade.

PARABÉNS FIDEL! 83 ANOS DE LUTA!

No dia 13 de agosto de 2009 o camarada Fidel Alejandro Castro Ruz completa 83 anos de vida e de luta pela construção do Socialismo em Cuba e em todo o Mundo. A União da Juventude Comunista felicita o camarada e todo o povo cubano oferecendo como presente a nossa solidariedade com a Revolução Cubana em todas as suas frentes de luta. Parabéns Fidel!
Fidel Castro passa à história como o homem da incansável resistência aos Estados Unidos. Nos anos que permaneceu no poder, Fidel enfrentou dez presidentes norte-americanos, além de umbloqueio econômico, uma invasão apoiada pela CIA e vários atentados. Ele se tornou símbolo da esperança dos países do Terceiro Mundo e dos movimentos de libertação. Nascido em 13 de agosto de 1926 em Biran, Fidel foi o terceiro de uma família de sete filhos. Seu pai, o espanhol Angel Castro, combateu no Exército colonial da Espanha antes de se instalar na Ilha; a mãe, Lina Ruz, era uma cubana humilde, natural de Pinar del Rio. Após estudar em colégios jesuítas, Fidel se matriculou na Universidade de Havana em 1945 e saiu formado em Direito cinco anos mais tarde. No ensino superior, adquiriu consciência política, primeiro na Federação de Estudantes Universitários (FEU) e depois como integrante do Partido do Povo Cubano, no qual participou das campanhas contra a corrupção governamental. Ainda como estudante, Fidel participou em 1947 da frustrada expedição que tinha como objetivo derrubaro ditador dominicano Rafael Leonidas Trujillo. Um ano mais tarde, quando estava em Bogotá para um congresso estudantil, foi surpreendido pelo assassinato do líder progressista colombiano Jorge Eliecer Gaitan e integrou os protestos posteriores, que ficaram conhecidos como “Bogotazo”. O golpe de estado protagonizado em Cuba, em 10 de março de 1952, pelo general Fulgêncio Batista levou o jovem advogado a optar pela luta armada como via para derrubar o ditador. Em 26 de julho de 1953, depois de 16 meses de planejamento clandestino, Fidel liderou um grupo de patriotas que atacou o quartel de Moncada, segunda base militar mais importante de Cuba. A operação fracassou, mas marcou o ponto de partida da Revolução Cubana. Fidel e seu irmão Raul foram condenados a 15 anos de prisão em 16 de outubro de 1953, em um julgamento no qual o líder rebelde assumiu a própria defesa e, durante um discurso de cinco horas, pronunciou a célebre frase: “A história me absolverá”. Em 15 de maio de 1955, Fidel Castro e seus companheiros foram anistiados. Depois de fundar o Movimento 26 de Julho partiu para o exílio no México, onde começou a preparar uma nova ação armada contra a ditadura de Batista. Em 2 de dezembro de 1956, a bordo do iate Granma e à frente de 81 homens, desembarcou em Alegria de Pio, na região oriental da Ilha, e sofreu um duro revés: o pequeno grupo expedicionário foi dizimado pelo Exército assim que tocou em terra, mas 16 combatentes conseguiram sobreviver, incluindo Fidel, Raul e Ernesto Che Guevara, e se refugiaram em Sierra Maestra. Protegida pela selva da cadeia montanhosa, a guerrilha começoua atacar as tropas de Batista e a recrutar novos membros entre os camponeses e jovens universitários. Quase dois anos depois, 10 mil soldados de Batista se voltaram contra a guerrilha de Fidel, na fracassada “ofensiva de verão”. Fortalecidos pela vitória, os rebeldes lançaram a batalha final. A partir daí, centenas de simpatizantes engrossaram as fileiras da guerrilha. Contra todos os prognósticos e depois de 25 meses de combates, os “guerrilheiros barbudos” comandados por Fidel levaram Fulgêncio Batista a fugir de Cuba no dia 1º de janeiro de 1959. Sete dias mais tarde, o comandante-em-chefe fez sua entrada triunfal em Havana. Após entregar a Presidência da República a Osvaldo Dorticos, Fidel foi designado primeiro-ministro do novo governo em fevereiro de 1959. Fidel permaneceu neste cargo até 1976, quando foi nomeado presidente ao ser eleito para a chefia do Conselho de Estado, cargo instituído por uma nova Constituição, posto em que concentrou as funções de chefe de estado e de governo. Em 1959, uma das primeiras medidas do governo foi a criação do Tribunal Revolucionário para julgar os repressores pertencentes ao regime de Batista. Ao recordar a época, Fidel disse em 1975: “Este ato elementar de justiça, que era exigido unanimemente por nosso povo, deu lugar a uma feroz campanha da imprensa imperialista contra a Revolução.” Outra ação adotada logo após o triunfo da Revolução foi a reforma agrária, que expropriou e nacionalizou os latifúndios, pertencentes em 90% a interesses americanos. Em seguida, aplicou uma reforma urbana que passou para as mãos do estado as grandes empresas – também majoritariamente americanas – que controlavam a economia da Ilha. As medidas provocaram a ruptura diplomática com os Estados Unidos em 3 de janeiro de 1961. Sete meses depois, Havana optou por vincularse a Moscou, em uma aliança que teve uma influência determinante por mais de três décadas. Em abril de 1961, 1.400 mercenários apoiados pela Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) desembarcaram na Baía dos Porcos e Fidel comandou pessoalmente o contra- ataque. A expedição anti-revolucionária foi derrotada no campo de batalha, mas as ações de sabotagem e de operações guerrilheiras contra o regime continuam até hoje. Em 1962, o jovem regime revolucionário atravessou um período crítico. Washington conseguiu a suspensão de Cuba da Organização dos Estados Americanos (OEA) e deu início ao bloqueio econômico, comercial e financeiro da Ilha. Em 3 de outubro de 1965, Fidel foi nomeado primeiro secretário do novo Partido Comunista de Cuba (PCC), que substituiu o Partido Unido da Revolução Socialista (PURS), com uma importante transição ao marxismoleninismo. Sete anos mais tarde, Cuba tornou-se membro do Conselho de Ajuda Mútua Econômica (Came), que reunia os países socialistas do mundo inteiro. A Revolução Cubana serviu de espelho, principalmente para países do Terceiro Mundo. Uma destas operações, em 9 de outubro de 1967, resultou na morte de Ernesto Che Guevara. Depois de abandonar todos seus cargos públicos para continuar lutando por seus ideais revolucionários na África, Guevara voltou à América Latina para criar um movimento insurgente na Bolívia, onde foi capturado e morto. Presidente do Movimento de Países Não-Alinhados de 1979 a 1983, Fidel se tornou um dos líderes mais populares do mundo, com discursos contra o imperialismo, o colonialismo, a exploração e o racismo. Também comandou uma grande ofensiva contra o pagamento da dívida externa. Fidel Castro exerce uma liderança natural sobre um país de cerca de 11 milhões de habitantes. Mesmo com a crise econômica em Cuba, provocada pelo bloqueio imposto dos Estados Unidos, ele conseguiu manter seus princípios e seguir em frente com seus ideais de solidariedade entre as nações e justiça. Fonte: Sintese Cubana nº91 Ano II

UJC presente na calourada do DCE/UFG

Roda de conversa marca Semana do Calourada do DCE/UFG
Com a volta as aulas, DCE em parceria com os Centros Acadêmicos deu início a programação da semana de calourada Hoje, na Escola de Engenharia Civil, no Câmpus I da UFG, logo após a aula inaugural e uma confraternização entre os calouros, organizada pela diretoria da escola, o DCE realizou a primeira “roda de conversa” com os novatos. Na ocasião, o integrante do Diretório, João Victor Nunes Leite, falou sobre o movimento estudantil e explicou aos alunos o funcionamento do centro acadêmico, além de tratar dos desafios da militância estudantil, dentro e fora da UFG. João Victor ressaltou que é importante esse tipo de diálogo com os estudantes para que o DCE possa construir a Universidade que almeja. O representante do diretório entregou aos alunos o último jornal dessa gestão, um informativo do DCE e o flyer do show do Marcelo Nova, que deve encerrar a programação, na sexta-feira. O calouro de Engenharia Civil, Daniel Carneiro, ressaltou que gostou dessa interação da Universidade e do movimento estudantil com os novatos. “É uma iniciativa importante”, declarou. As “rodas de conversa” continuam em outros cursos que recebem novos alunos nesse segundo semestre, até essa quinta-feira. Fonte: ASCOM

terça-feira, 11 de agosto de 2009

SOLIDARIEDADE EM HONDURAS

BRASILEIROS EM HONDURAS

Chegamos hoje à noite a Tegucigalpa, capital de Honduras, formando uma delegação de brasileiros, organizada pela Casa da América Latina, para expressar a solidariedade de organizações políticas e sociais de nosso país que realizam amanhã (11 de agosto) manifestações de repúdio ao golpe de Estado perpetrado pelas oligarquias e o imperialismo neste país, com a destituição do Presidente eleito, Manuel Zelaya, nos marcos de uma jornada mundial de apoio ao povo hondurenho.

Ainda no trajeto, passando por El Salvador, mantivemos contato com dirigentes da Frente Farabundo Marti de Libertação Nacional (FMLN), que hoje governa aquele país, onde conversamos com os companheiros Nídia Diaz e Elias Romero, deputados do Parlamento Centro Americano, que também manifestaram sua preocupação com a situação política de Honduras e suas conseqüências para a integração latino-americana.

Chegando ao aeroporto da capital, Tegucigalpa, fomos recebidos por uma representação da Embaixada brasileira no país. Em seguida, encontramo-nos com uma delegação da Via Campesina, em nome da Frente Nacional Contra o Golpe de Estado.

Já formalizamos nossa entrada no país e já estamos devidamente alojados.

Amanhã, vamos acompanhar as manifestações programadas pela resistência, que incluem uma greve geral e uma grande concentração na capital, para onde convergem desde sexta-feira hondurenhos vindos de todos os cantos do país. Juntamente com delegações de outros países, que também estão aqui para dar apoio e respaldo político às mobilizações, procuraremos contribuir, modestamente, para denunciar toda e qualquer tentativa dos golpistas de impedir a livre manifestação do povo hondurenho.

Reafirmamos nosso compromisso em dar continuidade à luta contra uma nova escalada golpista em nosso continente, e para que se reforce a unidade dos povos da América Latina na luta antiimperialista e por um mundo justo, livre e fraterno.

Tegucigalpa, 10 de agosto de 2009

Amauri Soares

Deputado Estadual (SC)

Ivan Pinheiro

Secretário Geral do PCB

Marcelo Buzetto

Dirigente Nacional do MST

I Seminário de Reorganização do Movimento Estudantil de LUTA de Santa Catarina

Aos dispostos a construir um Movimento Estudantil atuante e de luta em Santa Catarina.
Convocamos todos os estudantes que não se contentam com o Movimento Estudantil (ME) de aparências, exposto no último Congresso da União Catarinense dos Estudantes (CONUCE), para construirmos uma articulação e unidade efetiva. Unidade forjada na atuação prática do próprio movimento, não em gabinetes e conchavos obscuros. Então a esses dispostos, uma saudação à luta por vir. O ME com que nos deparamos está amarrado por suas próprias burocracias e direções – que são reflexo da falta um movimento de base. Esse ME mostrou seu esgotamento e falência no ultimo CONUCE. Nesse congresso a direção foi incapaz de montar ao menos uma programação e ainda priorizou os espaços deliberativos em detrimento à discussão. Tamanha a desorganização do CONUCE – aconteceu no feriado prolongado de 11 a 14 de junho – que só se iniciou às três da tarde do dia 13 (sábado). Durante a tarde de discussões, a mínima pauta, “não discutida”, veio a reboque de burocratas do Estado e políticas governamentais. O ME deve ter seus próprios espaços organizativos e pautas, tendo autonomia frente às pautas de governo. Nas lutas diárias é verificável que as lutas se isolam em cada universidade. É a defesa da condição pública e gratuita, além da luta pelos direitos estudantis, na UFSC e UDESC, a manutenção da gratuidade e pela construção de estruturas condizentes com a qualidade dos cursos nas municipais USJ e FMP, é a luta pela reestatização das fundacionais do Sistema ACAFE (FURB, UNIPLAC, UNIVALI, UNISUL, etc), além das lutas pela redução de mensalidades e por condições reais de aulas nas privadas. A falta de uma unidade que se apresente nas lutas é visível, pois a entidade (UCE) que foi criada para tal, hoje é um fantasma para a maioria dessas lutas. Ou seja, nessas horas não existe. Apesar disso, entendemos que o ME não se constrói por simples substituição das estruturas e direções. Mas pela retomada da organização da base, que se organiza em torno das demandas concretas dos estudantes. Entre essas demandas no âmbito estadual temos um forte anseio por expansão do ensino público que vem sendo utilizada pelos governos como forma de se promover e de reduzir os custos por aluno, através de expansões sem a mínima estrutura. A UFSC passa pelo REUNI. A UDESC pela interiorização forçada sem investimentos. E a Reestatização do sistema Acafe, que poderia dar resposta a questão da expansão do ensino público e ainda levaria esse ao interior, tem mostrado na prática o potencial como pólo aglutinador de um processo de reorganização do movimento estudantil a nível estadual. Dessa forma a importância de um espaço organizativo que dê identidade e coesão, a um movimento que leve a retomada da estruturação das bases enquanto movimento – e não apenas legitimador – se demonstra na prática. Nesse sentido, foi proposto pelo último Estagio Interdisciplinar de Vivência (EIV) a construção de um seminário de articulação do ME estadual, no dia 22 de agosto em Campos Novos. Esse Seminário será a possibilidade que teremos, sem disputa simples de cargos, de que a estudantada possa cumprir um papel de articulação estadual que não nos isole mais em nossa universidade. Que levante bandeiras unitárias e que as mesmas se reflitam na base.
O I Seminário de Reorganização do Movimento Estudantil de LUTA de Santa Catarina, no dia 22 de Agosto em Campos Novos, terá como programaç
Manhã: -Conjuntura Catarinense e a luta pela Reestatização do Sistema ACAFE. Tarde: -O papel do Movimento Estudantil e a sua articulação em Santa Catarina. -Encaminhamentos.

Nota Política do PCB

FORA IANQUES DA AMÉRICA LATINA!

NÃO À INSTALAÇÃO DAS BASES MILITARES DOS EUA NA COLÔMBIA!

(Nota Política do PCB)

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) vem a público repudiar a intenção do governo dos Estados Unidos, com o apoio e beneplácito do presidente fascista da Colômbia, Álvaro Uribe, de instalar bases militares em sete pontos do território colombiano. A estratégia, negociada secretamente entre os dois governos nos últimos meses e agora tornada pública, visa substituir a base de Manta, no Equador, até então o mais importante centro de operações dos EUA na região, depois da devolução do Canal do Panamá, em 1999.

O governo democrático e popular de Rafael Correa recusou-se a renovar a permanência dos militares estadunidenses em seu país, em respeito à decisão aprovada na reforma constitucional referendada pelo povo equatoriano em setembro de 2008. A atitude de Correa também foi uma resposta à ação terrorista contra as FARC, montada a partir da base de Manta, sob comando dos EUA e com apoio de Uribe, responsável pelo assassinato do dirigente revolucionário Raul Reyes.

A Colômbia passará a ser ocupada oficialmente pelos EUA através de sete bases militares, conforme anunciado pelo general James Jones, assessor de Segurança Nacional do presidente Barack Obama. Se depender do desejo de seu ditador de plantão, os colombianos perdem em definitivo a soberania de parte de seu território, oficializando, assim, a condição do país de mera base de operações e cabeça de ponte do imperialismo no hemisfério sul.

As bases militares, que serão usadas pelo Exército, a Marinha e a Aeronáutica dos EUA, servirão para que as forças armadas ianques, a partir do território colombiano, vigilância e controle militar e aéreo sobre os próprios colombianos e os povos da América Latina e do Caribe e, possivelmente, até sobre nações da África banhadas pelo Oceano Atlântico, que ficarão sob o poder de fogo da aviação norte-americana.

Há algumas semanas, o embaixador estadunidense na Colômbia, William Bronfield (cérebro da operação militar de dezembro de 1989, realizada para resgatar o ditador Noriega, aliado dos EUA no Panamá, à custa de cerca de dois mil civis mortos), confirmou tratar-se da transferência da base de Manta para a Colômbia. A subserviência do governo colombiano é tanta que um dos pontos do acordo prevê a total impunidade dos militares e civis estadunidenses perante a justiça local. No Equador, 300 norte-americanos jamais puderam ser julgados, mesmo tendo cometido delitos como roubos e homicídios.

O objetivo do plano é que as bases militares possam servir como ameaça permanente aos “perigosos” países vizinhos, como o Equador e a Venezuela, onde processos eleitorais associados a movimentos sociais marcados por intensa participação popular conduzem a importantes transformações socioeconômicas, responsáveis pelo enfrentamento à burguesia e pelo progressivo controle sobre o antes intocado poder do capital nestes países. As ações militares, mais uma vez sob o falso argumento de ampliar a guerra contra o narcotráfico e de atacar o “terrorismo” – isto é, as guerrilhas e as lutas das massas contra o capitalismo, serão dirigidas, centralmente, contra populações em toda a América Latina, do Pacífico ao Caribe.

Desde a década de 1980, em nome da pretensa guerra contra as drogas, os governos dos EUA financiam, treinam e armam tropas colombianas para o combate às guerrilhas formadas a partir da grande revolta popular de 1948, El Bogotazo (que desencadeou inúmeros conflitos sociais entre 1948 e 1953, período conhecido como La Violencia, quando morreram 180 mil colombianos). A estratégia de ocupação foi ampliada com o Plano Colômbia, em 2000, visando o combate às FARC, que passaram a dominar grande parte do território colombiano. Mas, fundamentalmente, aumentava-se a presença norte-americana em uma região de grande interesse geopolítico, por sua posição estratégica e pela riqueza em recursos minerais e energéticos, como petróleo, gás e carvão.

Está claro que a iniciativa do governo de Obama faz parte da política imperialista, que, em favor dos interesses das corporações e da indústria bélica estadunidense, mantém seus tentáculos mundo afora. A face moderada de Obama busca ofuscar a política do big stick. Mas a máscara começa a cair, pois o silêncio sobre o massacre israelense na Faixa de Gaza, o recrudescimento da guerra no Afeganistão, a manutenção da ocupação do Iraque, as ameaças veladas ao Irã e ao Paquistão, assim como o apoio ao golpe civil-militar em Honduras, demonstram que as ações do imperialismo, unindo os interesses econômicos das transnacionais à ameaça constante da guerra, continuam mais vivas que nunca. Na América do Sul, à reativação da IV Frota na costa sul-atlântica vem somar-se agora o projeto de instalação de bases militares na Colômbia.

O PCB repudia o acordo criminoso entre Obama e Uribe, denunciando a iniciativa como uma ameaça concreta à paz e à convivência fraterna entre os povos do nosso continente. Conclamamos as forças de esquerda, democráticas e populares em nosso país a prestar solidariedade ativa aos trabalhadores e movimentos sociais em luta em toda a América Latina e ao protesto organizado contra mais esta ação agressiva do imperialismo estadunidense.

PCB – Partido Comunista Brasileiro

Comitê Central

agosto de 2009