sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CHAVÉZ RECHAÇA PROPOSTA DO BRASIL SOBRE SISTEMA DE VIGILÂNCIA DE FRONTEIRAS COM A COLÔMBIA


Com quais objetivos o Brasil fez essa proposta à Venezuela? 
Para atender quais interesses? 
Internos ou externos? 
De quem?







"A SOBERANIA NÃO SE DISCUTE. NÓS CUIDAMOS DA NOSSA FRONTEIRA, COMO O BRASIL CUIDA DA SUA E COMO A COLÔMBIA DEVERIA CUIDAR DE SUA FRONTEIRA", OBSERVOU CHÁVEZ, RESSALTANDO EM SEGUIDA QUE "O PROBLEMA NÃO É A FRONTEIRA, SÃO AS BASES MILITARES" DA COLÔMBIA. Hugo Chávez, Presidente da Venezuela, em declarações efetuadas hoje perante milhares de pessoas.


PROPOSTA FOI FEITA PELO BRASIL COM O OBJETIVO DE EVITAR O ACIRRAMENTO DAS TENSÕES ENTRE CARACAS E BOGOTÁ

CARACAS, 13 NOV (ANSA) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rejeitou hoje um plano de monitoramento internacional da fronteira de seu país com a Colômbia. A proposta foi feita pelo Brasil com o objetivo de evitar o recrudescimento das tensões entre Caracas e Bogotá.

    "Nós não vamos aceitar uma força extranacional cuidando da nossa fronteira. Que a Colômbia cuide da sua, pois nós cuidamos da nossa", reiterou o mandatário durante um discurso feito por ocasião da inauguração da 5ª Feira Internacional do Livro (Filven).


    O mandatário venezuelano disse que Marco Aurélio Garcia, assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lhe havia proposto a implementação de um sistema de monitoramento entre e Colômbia e a Venezuela, o que foi rejeitado por se tratar de um "tema de soberania".


    "A soberania não se discute. Nós cuidamos da nossa fronteira, como o Brasil cuida da sua e como a Colômbia deveria cuidar de sua fronteira", observou Chávez, ressaltando em seguida que "o problema não é a fronteira, são as bases militares" da Colômbia.


    Sete instalações militares do governo de Bogotá poderão ser usadas durante dez anos por oficiais dos Estados Unidos, devido a um acordo assinado entre o país sul-americano e Washington. O convênio criou divergências entre países da região, inclusive a Venezuela.


    Além da proposta do Brasil, a Colômbia havia pedido para o governo da Espanha operar na fronteira bilateral também com "mecanismos de monitoramento" .


    A tensão entre Bogotá e Caracas, que mantêm "congeladas" suas relações bilaterais, se intensificou ainda mais no último domingo, quando Chávez alertou para a possibilidade de uma guerra com o país vizinho.


    "Senhores oficiais, a melhor forma de evitar a guerra é preparando-se para ela. Não percam tempo em cumprir com o dever de preparar-nos para a guerra e ajudar o povo a preparar-se para a guerra, porque é uma responsabilidade de todos", afirmou Chávez na ocasião.


    Dois dias depois, contudo, o mandatário negou ter convocado uma ação armada contra a Colômbia e disse que seu discurso foi manipulado pela imprensa.


    O limite territorial entre os dois países se tornou palco de tensões nos últimos dias, após o assassinato de dois guardas venezuelanos próximo a um posto de fronteira. A ação foi atribuída por Chávez a grupos paramilitares colombianos.


    A Colômbia, por sua vez, pede que a Justiça da Venezuela investigue um massacre ocorrido no estado de Táchira, também próximo à fronteira, que culminou na morte de ao menos nove colombianos. (ANSA) 
13/11/2009 16:59 
 


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