sexta-feira, 26 de novembro de 2010

CHAPA APOIADA PELA UJC VENCE ELEIÇÕES DO DCE/UFRGS!


Chapa 3 vence em processo eleitoral do DCE/UFRGS legitimado por grande votação

A GUERRA DO RIO

 A Guerra do Rio – A farsa e a geopolítica do crime


 
Dr. José Cláudio Souza Alves
Sociólogo, Porfessor da UFRRJ - Seropédica, RJ - 25/11/2010 


Nós que sabemos que o “inimigo é outro”, na expressão padilhesca, não podemos acreditar na farsa que a mídia e a estrutura de poder dominante no Rio querem nos empurrar.
Achar que as várias operações criminosas que vem se abatendo sobre a Região Metropolitana nos últimos dias, fazem parte de uma guerra entre o bem, representado pelas forças publicas de segurança, e o mal, personificado pelos traficantes, é ignorar que nem mesmo a ficção do Tropa de Elite 2 consegue sustentar tal versão.
O processo de reconfiguração da geopolítica do crime no Rio de Janeiro vem ocorrendo nos últimos 5 anos.
De um lado Milícias, aliadas a uma das facções criminosas, do outro a facção criminosa que agora reage à perda da hegemonia.
Exemplifico. Em Vigário Geral a polícia sempre atuou matando membros de uma facção criminosa e, assim, favorecendo a invasão da facção rival de Parada de Lucas. Há 4 anos, o mesmo processo se deu. Unificadas, as duas favelas se pacificaram pela ausência de disputas. Posteriormente, o líder da facção hegemônica foi assassinado pela Milícia. Hoje, a Milícia aluga as duas favelas para a facção criminosa hegemônica.
Processos semelhantes a estes foram ocorrendo em várias favelas. Sabemos que as milícias não interromperam o tráfico de drogas, apenas o incluíram na listas dos seus negócios juntamente com gato net, transporte clandestino, distribuição de terras, venda de bujões de gás, venda de voto e venda de “segurança”.
Sabemos igualmente que as UPPs não terminaram com o tráfico e sim com os conflitos. O tráfico passa a ser operado por outros grupos: milicianos, facção hegemônica ou mesmo a facção que agora tenta impedir sua derrocada, dependendo dos acordos.
Estes acordos passam por miríades de variáveis: grupos políticos hegemônica na comunidade, acordos com associações de moradores, voto, montante de dinheiro destinado ao aparado que ocupa militarmente, etc.
Assim, ao invés de imitarmos a população estadunidense que deu apoio às tropas que invadiram o Iraque contra o inimigo Sadam Husein, e depois, viu a farsa da inexistência de nenhum dos motivos que levaram Bush a fazer tal atrocidade, devemos nos perguntar: qual é a verdadeira guerra que está ocorrendo?
Ela é simplesmente uma guerra pela hegemonia no cenário geopolítico do crime na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
As ações ocorrem no eixo ferroviário Central do Brasil e Leopoldina, expressão da compressão de uma das facções criminosas para fora da Zona Sul, que vem sendo saneada, ao menos na imagem, para as Olimpíadas.
Justificar massacres, como o de 2007, nas vésperas dos Jogos Pan Americanos, no complexo do Alemão, no qual ficou comprovada, pelo laudo da equipe da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, a existência de várias execuções sumárias é apenas uma cortina de fumaça que nos faz sustentar uma guerra ao terror em nome de um terror maior ainda, porque oculto e hegemônico.
Ônibus e carros queimados, com pouquíssimas vítimas, são expressões simbólicas do desagrado da facção que perde sua hegemonia buscando um novo acordo, que permita sua sobrevivência, afinal, eles não querem destruir a relação com o mercado que o sustenta.
A farça da operação de guerra e seus inevitáveis mortos, muitos dos quais sem qualquer envolvimento com os blocos que disputam a hegemonia do crime no tabuleiro geopolítico do Grande Rio, serve apenas para nos fazer acreditar que ausência de conflitos é igual à paz e ausência de crime, sem perceber que a hegemonização do crime pela aliança de grupos criminosos, muitos diretamente envolvidos com o aparato policial, como a CPI das Milícias provou, perpetua nossa eterna desgraça: a de acreditar que o mal são os outros.
Deixamos de fazer assim as velhas e relevantes perguntas: qual é a atual política de segurança do Rio de Janeiro que convive com milicianos, facções criminosas hegemônicas e área pacificadas que permanecem operando o crime? Quem são os nomes por trás de toda esta cortina de fumaça, que faturam alto com bilhões gerados pelo tráfico, roubo, outras formas de crime, controles milicianos de áreas, venda de votos e pacificações para as Olimpíadas? Quem está por trás da produção midiática, suportando as tropas da execução sumária de pobres em favelas distantes da Zona Sul? Até quando seremos tratados como estadunidenses suportando a tropa do bem na farsa de uma guerra, na qual já estamos há tanto tempo, que nos faz esquecer que ela tem outra finalidade e não a hegemonia no controle do mercado do crime no Rio de Janeiro?
Mas não se preocupem, quando restar o Iraque arrasado sempre surgirá o mercado finaneiro, as empreiteiras e os grupos imobiliários a vender condomínios seguros nos Portos Maravilha da cidade.
Sempre sobrará a massa arrebanhada pela lógica da guerra ao terror, reduzida a baixos níveis de escolaridade e de renda que, somadas à classe média em desespero, elegerão seus algozes e o aplaudirão no desfile de 7 de setembro, quando o caveirão e o Bope passarem. 

29 de novembro: Dia de Solidariedade ao Povo Palestino!

 
SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO
ATIVIDADE DA UJC EM FLORIANÓPOLIS

Este é o dia Internacional des Solidariedade ao Povo Palestinoerão realizadas simultaneamente diferentes atividades que sensibilizem e chamemos a atenção para o que está havendo com este Povo. Nesta data o território histórico da Plaestina foi abitráriamente dividido, favorecendo a formação do Estado de Israel e a 63 anos o Povo resiste a esta sanguinária ocupação.

Acompanhando esta progamação convidamos a todos à participação deste CineDebate com o filme A valsa com Bashir no dia 29 segunda feira as 16h30min na sala 331 no CFH-UFSC, com a participação do Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino  sobre o massacre e a guerra imperialista especificamente contra o Povo Palestino, procurando compreender as relações que levam a esta ocupação e as formas de resistência deste povo; buscar a relação com a nossa luta e realidade e o que podemos fazer?

Com este evento também chamamos para o Ato Político no dia 30 na Câmara dos Vereadores do Centro Legislátivo Municipal – Rua Anita Garibaldi, 35 – Centro
Ato organizado pelo Comitê Catarinense de Solidariedade ao Povo Palestino- comitepalestinasantacatarina@yahoo.com.br

Confira a programação completa: http://somostodospalestinos.blogspot.com/

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

SALVE O ALMIRANTE NEGRO!



O Mestre Sala dos Mares
(João Bosco / Aldir Blanc)


Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre sala
E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam das costas
dos negros pelas pontas das chibatas
Inundando o coração de toda tripulação
Que a exemplo do marinheiro gritava então
Glória aos piratas, às mulatas, às sereias
Glória à farofa, à cachaça, às baleias
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esquecemos jamais
Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais
Mas faz muito tempo
O dia da lei e o dia da consciência
imagem
Rodrigo Oliveira Fonseca*
Há um embate instaurado em todo o país, em cada escola, em cada Câmara Municipal, entre o 13 de Maio e o 20 de Novembro. Não entre as datas, certamente, mas entre duas formas de marcar a presença histórica dos negros na formação social brasileira. E como todo embate verdadeiramente importante, ele não necessariamente é verbalizado, movimentando-se subterraneamente, como a toupeira cega que de repente irrompe na superfície e a transforma.
Lutando para ocupar o lugar da magnanimidade da pena da princesa “que assinou a lei divina”, temos os exemplos de luta de Zumbi no século XVII, de João Cândido no início do XX, e outros tantos gestos e vidas de anônimos ou semi-anônimos que pisaram firme sobre o solo de suas próprias con(tra)dições e fizeram a história andar.
Cem anos atrás, no dia 22 de novembro de 1910, tinha início no Rio de Janeiro o levante popular de marinheiros conhecido como Revolta da Chibata. Influenciados pela muito bem organizada revolta dos marinheiros russos do Encouraçado Potemkim (1905), João Cândido e outros dois mil e tantos marinheiros puseram em ação o seu plano. A antiga capital do Brasil ficou uma semana sob a mira dos canhões da Marinha de Guerra estacionada na Baía de Guanabara. As denuncias sobre as condições aviltantes de trabalho daqueles marujos – em sua maioria negros – atravessaram as fronteiras do país. Dentre suas reivindicações, uma foi alcançada, o fim dos castigos sistemáticos (“chibatadas”) que sofriam, numa reminiscência da escravidão oficialmente abolida 22 anos antes.
O governo prometeu anistiá-los. Logo depois foram traídos.
Há mais de 300 anos, tinha fim, pelas mãos de tropas bandeirantes mercenárias, o Quilombo dos Palmares, que resistiu de 1630 a 1695. Zumbi, seu mais famoso líder, que governou de 1678 até o fim de Palmares, foi assassinado a 20 de novembro, entrando para a história como representante de um outro país possível, mais africano (mas não apenas) e menos discriminatório (mas não livre da escravidão) – de todo o modo um país nascido de uma guerra popular de resistência e não de maquinações elitistas e conservadoras.
Zumbi não negociou com seus algozes, mas morreu numa emboscada através da corrupção de um dos seus lugares-tenentes, que havia sido capturado e comprado pela promessa de liberdade.
No dia 13 de maio de 1888, uma daquelas maquinações elitistas e conservadoras se manifestou na história nacional. Uma lei (“áurea”) abolia por decreto a instituição da propriedade de seres viventes trabalhadores – mas o fazia para melhor defender a ordem pública dos proprietários, como podemos inferir da intervenção do senador barão de Cotegipe, um dia antes da aprovação definitiva da lei.
(...) a extinção da escravidão que ora vem neste projeto não é mais que o reconhecimento de um fato já existente. Tem a grande razão, que reconheço de acabar com esta anarquia, não havendo mais pretextos para tais movimentos, para ataques contra a propriedade e contra a ordem pública.
Vamos assim como as leis tendem a ser uma forma de evitar o pior para as classes dominantes. E mais especificamente, a ideologia jurídica do capitalismo, pautada numa lógica de indiferenciação dos sujeitos (“todos são iguais perante a lei”) e de intercambialidade (“todo aquele que...”), abstrai o mundo real, esconde as razões econômicas e as particularidades históricas que nos movem.
Não foi diferente com a “lei áurea”, que produziu um novo padrão de miserabilidade nacional, ao não ser acompanhada de reforma agrária, com o direito de propriedade da terra aos escravizados que nela trabalhavam. Some-se a isso a intensificação das políticas imigratórias, para a aquisição nacional de trabalhadores europeus “já educados” nas relações assalariadas de subordinação aos detentores dos meios de produção.
Uma geração depois, esses trabalhadores já educados para as relações assalariadas mas também para a luta de classes, em Manaus, publicaram num de seus jornais, A Lúta Social, em 1º de junho de 1914, a seguinte constatação sobre o 13 de Maio, que é uma verdadeira aula:
Eis que nesta data, em 1888, o Brazil se coloca ao lado dos paizes civilizados. Como não!? Não nivelou a lei naquele dia, sancionando a libertação dos escravos, as condições sociais de seres umanos, que apenas a influencia natural de sua orijem os diferenciava dos seus “donos”?
(...) É um idéal que se lança ao vento da propaganda. Sim; é uma idéia que se propaga e que só frutificará com o raciocinio das vindouras jerações. Até ôje nada de lucrativo, nada de benefico para as lejiões dos dezerdados da sorte e da natureza.
Tudo o que lemos, não passava de uma ezurtação [exortação] patriotica. A lei, era a lei escrita, sempre improfícua.
Acabava a escravidão material, ficava a escravidão moral. Era um metamorfozeamento.
O chicote senhoril não impunha mais a obrigação do trabalho escravizador. A fome, porém,submetia o miseravel salariado a um serviço extenuante, de que não percebia o bastante, para uma alimentação reconfortadora. Assim se perpetua a escravidão.
Se nós acreditassemos em beneficios lejisladores... Quantas desilzões! Mas nós que aprendemos nos ensinamentos esperimentais da istória, sabemos quanto valem tais reliquias.Elas fazem-se apenas para entravar a marcha do progresso, para obstruir o rapido desenvolvimento duma idéia.A lei vem canalizar uma aspiração que deve ser livre; vem regular uma vontade que não deve ter peias. Ela vem destruir a evolução porque desvirtúa o seu significado.
(...) a ação legislativa, é tão pernicioza e nefasta, que não permite que a umanidade avolume o seu ideal imancipador. Vejamos o que sucede nas reivindicações operarias.
E emquanto que a imprensa rezalta [ressalta] a magnanimidade das leis, nós observamos, numa terra tão fertil como esta, que sêres umanos, doentios e esqueleticos, morrem á mingua. Quantas creaturas, sem um palmo de terra para cultivar, nem uma casinha para se abrigar das intempéries e quanta enormidade de terreno dezerto!
- Sois livre – dizem-nos. No emtanto não temos casa para viver, nem terra para produzir alimentos. A civilização aparece-nos assim com efeitos negativos.(ortografia e grifos originais do próprio jornal, que pode ser visto, em fac-símile, na publicação organizada pelos professores Maria Luiza Ugarte Pinheiro e Luís Balkar Sá Peixoto Pinheiro: Imprensa Operária do Amazonas. EDUA, 2004).
Se, como disseram estes operários há quase cem anos, as leis vêm para obstruir o rápido desenvolvimento de uma ideia, para canalizar aspirações, regular vontades e desvirtuar significados, há de se ver também que tal consciência pode alimentar uma outra ideologia jurídica, como as que movem hoje a luta pela reparação indenizatória à família de João Candido e a luta por reparação às mais de 5mil comunidades quilombolas espalhadas pelo Brasil (o direito à titulação e à sustentabilidade das terras em que vivem).
Isso é promover a igualdade reconhecendo a diferença e combatendo as desigualdade. Essa outra ideologia jurídica certamente não cabe na ordem atual, que se sustenta na aparência da igualdade de direitos e deveres, ao mesmo tempo em que reproduz os mais profundos abismos e injustiças. Mas, afinal, quem disse que a nossa consciência pode ser obstruída ou regulada pelo que cabe na ordem? Ela não cabe em um dia nem em um editorial, é para gerações e gerações.
* Rodrigo Oliveira Fonseca é jornalista, mestre em história social da cultura e membro do Comitê Central do PCB.

sábado, 20 de novembro de 2010

UJC - O FILME

75 ANOS DOS LEVANTES ANTIFACISTAS


A ANL desempenhou um papel relevante na mobilização de amplos segmentos da sociedade e da opinião pública brasileira em defesa das liberdades públicas
Anita Leocadia Prestes*

Num período de intensa polarização política no cenário mundial, diante do avanço do fascismo em nível internacional e do integralismo no âmbito nacional, a Aliança Nacional Libertadora (ANL), criada em março de 1935, desempenhou um papel relevante na mobilização de amplos segmentos da sociedade e da opinião pública brasileira em defesa das liberdades públicas, gravemente ameaçadas pelos adeptos da Ação Integralista Brasileira (AIB), liderados por Plínio Salgado.
Nesse processo, a influência dos comunistas mostrou-se decisiva não só na formação da ANL e em sua atividade legal, durante os meses de março a julho de 1935, como, principalmente, na preparação dos levantes armados de novembro daquele ano, realizados sob as bandeiras da ANL. O grande prestígio de Luiz Carlos Prestes – o Cavaleiro de uma Esperança que renascera com o desgaste de Vargas após a “Revolução de 30” – foi um fator fundamental para a difusão e a penetração, junto a amplos setores da sociedade brasileira, do programa anti-imperialista, antilatifundista e democrático levantado pelo Partido Comunista do Brasil (PCB) e adotado pela ANL.
A justeza desse programa se evidencia pela aceitação e a repercussão que obteve junto à opinião pública democrática nacional. Como consequência, a ANL veio a transformar-se, em pouco tempo, na maior frente única popular jamais constituída no Brasil. Seu lema: “Pão, Terra e Liberdade”, inicialmente lançado pelo PCB, empolgou centenas de milhares de brasileiros.
Os comunistas, entretanto, cometeram um grave erro de avaliação ao caracterizarem a situação do país, em 1935, como “revolucionária”, considerando que o desgaste do Governo Vargas seria tal que as suas condições de governabilidade estariam esgotadas. Confundindo os desejos com a realidade, os comunistas e muitos dos seus aliados superestimaram as possibilidades reais de organização e mobilização das massas populares. Consideraram que havia chegado a hora de levantar a questão do poder, lançando a consigna de um Governo Popular Nacional Revolucionário, formado pela ANL, através de uma insurreição popular. A proposta dos comunistas, assumida pela ANL, mostrou-se fantasiosa e, portanto, inexequível, resultando na derrota do movimento.
A inviabilidade de promover uma insurreição das massas trabalhadoras no Brasil, em 1935, aliada à conjuntura de intensa agitação e efervescência política então presente nas Forças Armadas, induziu os comunistas e seus aliados da ANL a sucumbirem à influência das concepções golpistas dos militares, fortemente arraigadas no imaginário nacional. Tal fenômeno sobreveio, apesar dos esforços desenvolvidos para organizar e mobilizar as massas, assim como das repetidas e insistentes declarações do PCB, de Prestes e da ANL condenando o golpismo.
As Forças Armadas e, principalmente, o Exército passaram a ser vistos pelos comunistas e aliancistas como o instrumento privilegiado para desencadear a almejada insurreição popular, na medida em que a mobilização dos setores civis mostrava-se mais demorada e difícil. O renascimento das concepções golpistas explica o caminho trilhado pela ANL: da amplitude inicial, quando a entidade se manteve dentro da legalidade, ao radicalismo revelado com a eclosão dos levantes armados de novembro de 35.

A persistência de tais concepções pode parecer fruto das influências tenentistas, supostamente trazidas, tanto para o PCB quanto para a ANL, por L. C. Prestes e muitos dos elementos provenientes do tenentismo. Sem negar tais influências, é necessário considerar que o próprio tenentismo foi um movimento marcado pelo vigor das tendências golpistas, resultantes das características do processo de formação da sociedade brasileira. Uma sociedade, na qual as classes dominantes sempre tiveram força para impor aos setores populares um estado de desorganização e desestruturação social, que viria a tornar-se um dos seus traços marcantes; uma sociedade excludente, na qual não haveria canais para que as massas populares pudessem fazer valer seus direitos e reivindicações. A expectativa de um golpe “salvador” seria a consequência natural de tal estado de coisas.
Se, em 1935, o golpismo dos comunistas e de muitos dos seus aliados se revelou no fato de haverem delegado aos militares o papel de detonadores da “insurreição das massas trabalhadoras”, deve-se considerar que o conteúdo do programa então defendido - antiimperialista, antilatifundista e democrático - era distinto das propostas tenentistas. Sejam as propostas liberais dos “tenentes” dos anos 20, sejam as propostas autoritárias do tenentismo do início dos anos 30. Em 1935, os militares, que iriam desencadear a insurreição projetada, não eram mais tenentistas, mas seguidores de Prestes, que, desde seu Manifesto de Maio de 30, deixara de ser “tenente” para aderir às teses levantadas pelos comunistas - as mesmas que seriam encampadas pela ANL.
Mas o revés do movimento antifascista no Brasil, em 1935, não se explica apenas pela influência das concepções golpistas. O Governo Vargas pôde tirar partido de uma conjuntura internacional favorável ao fascismo e aos regimes autoritários para, com o apoio da direita e brandindo as bandeiras do anticomunismo, impor uma grave derrota às forças democráticas e progressistas do país.
* Anita Leocádia Prestes é professora do Programa de Pós-graduação em História Comparada de UFRJ e presidente do Instituto Luiz Carlos Prestes.
Fonte: www.brasildefato.com.br

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Exército boliviano se declara socialista, antiimperialista e anticapitalista

Por EFE – Agência Espanhola de Notícias

La Paz - O Exército Boliviano, que celebrou domingo , 14, seus 200 anos de criação , se declarou " socialista '', " antiimperialista '' e " anticapitalista ''. O comandante nacional do Exército , general Antonio Cueto, afirmou que a Constituição promulgada em 2009 "dá lugar a que o Exército surja como uma instituição socialista , comunitária ''.

" Nos declaramos antiimperialistas , porque na Bolívia não deve existir nenhum poder externo que se imponha, queremos e devemos atuar com soberania e viver com dignidade . Também nos declaramos anticapitalistas porque este sistema está destruindo a mão terra '', afirmou durante um ato pelo bicentenário do Exército . Essa instituição assume como ano de criação 1810, quando começaram as revoluções independentistas no atual território boliviano contra a coroa espanhola.

Cueto criticou os " governos neoliberais'' bolivianos que "fizeram um pacto com o sistema capitalista , buscando a destruição das Forças Armadas '' do país , " com planos que diminuíam progressivamente sua capacidade operativa''. Ratificou que o Estado boliviano "é pacifista '', mas também se reserva "o legítimo direito à defensa'' de seu território e agregou que os militares ‘‘ não irão permitir sob nenhuma circunstância a instalação de bases estrangeiras'' em seu território .

Por sua vez , o presidente Evo Morales pediu aos militares que estejam preparados ' para defender a soberania da Bolívia, ante a possibilidade de que " qualquer império '' tente ‘‘ intervir militarmente '' em seu país , como o fizeram há 200 anos para " combater o domínio espanhol ''.

"A história demonstra que o Exército nasce com uma posição antiimperialista porque combateu o império europeu desde 1810'', afirmou Morales , ao destacar que o ‘‘ nacionalismo militar '' das Forças Armadas não foi "importado nem imposto '', mas que nasceu em seguida à luta da Guerra do Chaco travada contra o Paraguai entre 1932 e 1935.

Ao ato assistiram os comandantes dos Exércitos do Chile, Juan Miguel Fuente-Alba e do Equador , Patrício Cáceres, além de delegações militares da Argentina, Brasil, Chile e Peru . O Exército boliviano ratificou seu compromisso com o ‘‘ processo de mudança '' levado adiante pelo governo

Resultado das Eleições para o DCE UFMG

1ª - Voz Ativa, 2 - 1754 votos - 32,9% ;

Composta por estudantes ligados ao Pcr, a Juventude da Consulta Popular, a Juventude Socialista do PDT e indepententes.

2ª - Para Transformar o tédio em melodia, 6 - 1580 votos - 29,6%
Composta por estudantes ligados ao PSTU, ao PSOL e independentes.

3ª - Outras Palavras, 4 - 1174 votos - 22% ;
Composta por estudantes ligados ao PT e ao PcdoB.

4ª - A Hora é Essa, 3 - 413 votos - 7,7% ;
Composta por estudantes ligados a UNIÃO DA JUVENTUDE COMUNISTA
e independentes.

5ª - Dos Estudantes, 1 - 201 votos - 3,8%
Composta por estudantes ligados a Juventude do PSDB.

6ª - Grelha, 5 - 138 votos - 2,6%
Composta por estudantes independentes.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

RESOLUÇÃO DO III ENCONTRO NACIONAL DA INTERSINDICAL

Resolução do III Encontro Nacional da Intersindical
13, 14 e 15 de novembro de 2010
Campinas / São Paulo

Seguir ampliando a INTERSINDICAL: 
Um instrumento a serviço de desvelar a luta de classes rumo ao socialismo!

As centenas de trabalhadores e trabalhadoras reunidos no III Encontro Nacional da Intersindical realizado entre os dias 13 e 15 de novembro de 2010 na cidade de Campinas /SP, após intensos debates acerca da realidade que vivemos no Brasil e no mundo e dos desafios que temos a enfrentar como um dos instrumentos que contribuem para reorganização do movimento da classe trabalhadora define como prioridade para o próximo período:
Seguir com unidade e coerência entre nossa elaboração e ação: Isso significa dizer que é preciso ver a realidade de nossa classe para além das fronteiras das nações. O Capital para recuperar-se de mais uma de suas crises intensificou os ataques à classe trabalhadora: demissões, redução de direitos e salários, é a formula fundamental para que o Capital busque a recuperação de seus lucros.
O Estado age como uma das principais contratêndencias para o que o Capital se recupere. Fartos recursos públicos injetados nas indústrias e bancos que logo se transformarão numa conta que o Estado cobrará dos trabalhadores.
O exemplo disso está por toda Europa, os governos preparam pacotes que vão desde a redução drástica dos programas sociais até eliminação de direitos dos trabalhadores. As greves gerais na Grécia no inicio desse ano contra as medidas impostas pelo governo em reduzir direitos e salários, as intensas greves gerais na França contra o pacote do governo que começa por aumentar a idade para aposentadoria dos trabalhadores. É o Estado cumprindo seu compromisso com a classe economicamente dominante: garantir fartos recursos ao Capital e cobrar essa fatura exatamente daqueles que produzem o lucro para esse mesmo Capital: os trabalhadores.
Nossa classe reage em intensas e extensas lutas em mais uma demonstração que a luta de classes pulsa de maneira densa, ora escancarada como se vive na Europa, ora oculta como em outros espaços desse mundo.
No Brasil a aparência do “nada nos atingirá”: Em 2008 o governo dizia que a crise não chegaria aqui, para logo depois proclamar que ao chegar seria apenas uma marolinha. Para além da retórica do presidente a realidade: demissões em massa, redução de salários e direitos em categorias e regiões do país onde vários sindicatos e suas respectivas centrais pelegas ao invés de organizar a luta, escolheram a parceria com os patrões.
Já no segundo semestre de 2009 e por todo ano de 2010 a impressão que se manifesta no Brasil é que as saídas do Capital para crise tiveram um efeito “ameno” contra os trabalhadores. Pura expressão, nada mais do que uma forma que tenta ocultar o conteúdo.
O Estado se endividou até as tampas para garantir investimentos públicos para salvar empresas e bancos, isentou e diminuiu impostos das grandes indústrias e assistiu “indignado” o mesmo Capital demitir, arrochar salários e reduzir direitos.
A dívida que o Estado na Europa tentar colocar na conta dos trabalhadores logo chegará ao Brasil. Reformas, arrocho, maior intensificação dos ritmos de trabalho são as propostas dos patrões com o apoio dos governos que nos esperam em 2011.

CONTRA ESSES ATAQUES SÓ A ORGANIZAÇÃO
E A LUTA QUE ROMPE COM AS CERCAS E
NOS COLOCA EM MOVIMENTO COMO CLASSE
A Intersindical não sucumbiu ao pacto com os patrões e seus respectivos governos, nas saídas impostas pelo Capital. Mais do que dizer não a redução de direitos e salários, organizamos a luta a partir dos locais de trabalho. Em seguida em vários ramos a partir de greves e paralisações da produção conseguimos reajustes salariais superiores a períodos anteriores, como garantimos a manutenção e ampliação de direitos.
Mas é preciso avançar ainda mais. O processo de precarização das condições de trabalho se intensifica através das terceirizações, contratos temporários, intensificação e aumento dos ritmos e da jornada que têm aumentado o número de acidentes, doenças e mortes nos locais de trabalho.
O necessário salto de qualidade é ampliar nossa organização e ação que rompa com as cercas impostas que nos dividem entre categorias, formais e informais, efetivos e terceirizados, desempregados, trabalhadores da cidade e do campo, imigrantes, isso tudo tem como objetivo explorar ainda mais nossa força de trabalho e fragmentar nossa luta.
A Intersindical seguirá organizando a luta a partir dos locais onde o Capital e seu Estado atacam a classe trabalhadora: nos locais de trabalho, moradia e estudo e seguirá tendo a iniciativa de unidade de ação com todas as organizações que não sucumbiram ao pacto com os patrões e seus governos e estão dispostas a ampliar a luta por nenhum direito a menos a para avançar nas conquistas.
A cada passo de nossa organização e luta a tarefa de desvelar o que o Capital e seus instrumentos tentam ocultar: a luta de classes e a necessidade de superar a sociedade capitalista e construir uma sociedade socialista.
Como prioridade já para o primeiro trimestre de 2011 organizarmos mobilizações nos locais de trabalho que reúnam as diversas categorias como passo que rompa com o corporativismo imposto pelos patrões e governos. Além disso, tomaremos a iniciativa de propor juntos a outras organizações do movimento sindical e popular que estejam dispostas a lutar a organização de um DIA NACIONAL DE LUTAS, que dever ser o inicio do processo das intensas mobilizações que devemos organizar contra os ataques que irão se intensificar no próximo período.
COM A CLASSE E NÃO EM SEU NOME
No processo de reorganização do movimento sindical, a Intersindical não sucumbiu ao mais do mesmo, ou seja, conseguimos consolidar e ampliar esse instrumento nascido em 2006 agindo nas contradições reais de nossa classe.
Não nos pautamos pela analise mecânica e superficial que basta decretar uma nova central para que os problemas de fragmentação da classe trabalhadora estejam resolvidos. E ao não abrir mão de seguir construindo a Intersindical- Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora, a ampliamos em diversos ramos e estados do país, pois o fizemos com a nossa classe e não apenas em seu nome.
Acreditamos que a criação de novos instrumentos que possam garantir unidade de organização e ação numa central sindical, serão frutos das ações que formos capazes de organizar a partir da base onde os trabalhadores vivem no dia a dia os ataques do capital e não a partir de decretos com data e hora pré-determinada em nome da classe, sem a classe.
A partir de nossa analise, do balanço, das ações organizativas e de luta que nos trouxeram até aqui o III Encontro Nacional decide seguir ampliando a Intersindical como um Instrumento de Organização e Luta que contribui de maneira determinante para o processo de reorganização que vivemos.
Intensificaremos a ampliação de nosso Instrumento de Organização, como ampliaremos nossas lutas nos locais de trabalho, estudo e moradia e seguiremos tendo as iniciativas necessárias de unidade de ação com as todas as demais organizações que estejam dispostas a de fato lutar.

POR NENHUM DIREITO A MENOS E PARA
AVANÇAR NAS CONQUISTAS
PARA CONSTRUIR A GREVE GERAL
PARA DERROTAR O CAPITAL
AQUI ESTÁ A INTERSINDICAL

VI CONGRESSO DO PARTIDO COMUNISTA DE CUBA


Através do link abaixo acesse o documento (em espanhol) Projeto de Lineamentos do Partido Comunista de Cuba (PCC) em preparação ao seu VI Congresso Nacional que será realizado na segunda quinzena de abril de 2011, na ocasião do 50º Aniversário da Vitória em Praia Gyrón e da Proclamação do Caráter Socialista da Revolução Cubana.

MENSAGEM DE FIDEL AOS ESTUDANTES

17 de Novembro de 2010

Caros estudantes universitários e demais convidados:

Apraz-me imenso a presença nesta reunião do Ministro do ensino superior, dos Reitores das universidades de Havana, de uma representação da União de Jovens Comunistas, presidida por sua Primeira-Secretária, da Direção Provincial e Nacional da Federação de Estudantes do Ensino Médio.

Lembro-me daquele 17 de novembro de 2005. Comemorava-se o Dia Internacional do Estudante. Vocês os universitários decidiram que eu falasse nesse dia. Completavam-se, disseram-me, 60 anos de meu ingresso na Universidade, finalizando o ano 1945. Nessa altura era  um bocado mais jovem do que hoje; tinha a idade de vocês. Mas juntos temos vivido uma etapa da vida.

Na minha opinião, aquela reunião que tivemos na Universidade de Havana, há cinco anos, jamais se repetiria. Já tinha 79 anos. Porém há apenas dois meses, para ser mais exato, quando apresentei na Aula Magna o segundo livro de nossa guerra revolucionária: “A contra-ofensiva estratégica”, em 10 de setembro de 2010, ao finalizar, conversei com muitos veteranos daquelas lutas e quando saia do recinto cumprimentei um entusiasta grupo de dirigentes estudantis universitários que ficaram à minha espera, conversei com eles, explicaram-me sua ansiosa espera do dia 17 para que lhes falara do discurso.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ofensiva anti-comunista em Portugal e no mundo

15-Nov-2010

A ofensiva que se tem verificado contra os comunistas checos tem registado novos avanços. Depois da tentativa, falhada, de ilegalização da União da Juventude Comunista Checa (KSM), travada pela luta da juventude checa e pela solidariedade de milhares de pessoas e organizações de todo o mundo, regista-se agora nova tentativa de anulação, física e ideológica, da KSM. Remetendo para um artigo do Código Penal que condena quaisquer actos de negação, aprovação ou justificação de um genocídio, algumas autoridades checas pretendem punir a KSM pela publicação de um artigo no seu site sobre a batalha de Katyn, na II Guerra Mundial. Na tentativa de repôr a verdade histórica sobre um dos acontecimentos mais marcantes da II Guerra Mundial e de condenação dos crimes contra a humanidade do nazi-fascismo, os jovens comunistas checos enfrentam agora uma queixa apresentada por algumas das mais destacadas figuras da extrema direita e anti-comunistas daquele país, que procuram assim, mais uma vez, atacar a KSM. Esta é mais uma demonstração da ofensiva anti-comunista, que recorre também ao branqueamento da História, tentando equiparar o Comunismo ao Nazismo.

Esta ofensiva, porém, não se faz sentir apenas na República Checa. Multiplicam-se os ataques às liberdades e garantias democráticas e intensifica-se a repressão sobre aqueles que lutam e resistem. Recentemente foram proibidos os símbolos comunistas na Polónia, com o aval da União Europeia; há alguns dias atrás, o presidente da Federação Mundial da Juventude Democrática esteve detido pelas autoridades marroquinas e foi impedido de entrar no Saara Ocidental, para participar numa acção de solidariedade com o povo saharaui; no Equador, o secretário geral da Juventude Comunista do Equador foi violentamente agredido por membros de uma organização da extrema direita, encontrando-se em estado de coma. Em Portugal, são de assinalar as limitações à acção sindical, ao direito à greve, as tentativas de limitação do associativismo estudantil, o boicote às lutas, quer dos trabalhadores, quer dos estudantes. Aumentam os episódios de restrição da acção política da JCP. Recentemente, militantes da Juventude Comunista Portuguesa foram detidos por estarem a pintar um mural, em Lisboa; em Leiria, um militante da JCP foi detido por estar a colar cartazes. O direito à actividade e afirmação políticas está constitucionalmente consagrado, e pretendemos continuar a exercê-lo.

Numa altura em que o capitalismo enfrenta uma crise global, intensifica-se também a sua ofensiva contra as forças progressitas, que afirmam e lutam por um sistema diferente, por um mundo de paz, democracia, liberdade e respeito pelos mais fundamentais direitos da humanidade. Os comunistas sempre estiveram na frente das duras batalhas que se travaram contra os avanços do capitalismo e pelos direitos dos povos. Foi assim o duro combate contra o nazi-fascismo alemão, foi assim a resistência e luta contra a longa noite fascista em Portugal, assim é por todo o mundo onde os crimes do imperialismo se fazem sentir.

A JCP condena os actos anti-democráticos e anti-comunistas na República Checa, bem como em todas as partes do mundo onde a resistência e a luta por um mundo diferente, de paz e solidariedade entre os povos, de democracia, progresso e transformação social são alvo de violentos ataques das forças imperialistas. Cresce a ofensiva, mas cresce também a vontade e a força para resistir e lutar.

Lisboa, 9 de Novembro de 2010

domingo, 14 de novembro de 2010

SEMINÁRIO DE SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL

BELO HORIZONTE – SEXTA-FEIRA – 26 DE NOVEMBRO DE 2010

PROGRAMAÇÃO:

09 HORAS – APRESENTAÇÃO:

09 HORAS E 30 MINUTOS - MESA 1 – Por um Mundo de Paz, Solidariedade e Transformações Sociais, derrotemos o imperialismo!

Jadallah Safa - Comitê Democrático Palestino - Brasil.

Professora Dr. Dirlene Marques - Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial.

Jornalista Mirian Gontijo - Associação Cultural José Marti de Minas Gerais.

Coordenação: Representante da Casa da América Latina.


13 HORAS E 30 MINUTOS – MESA 2 – O papel da juventude na luta antiimperialista.

Organizações convidadas:

Juventude da Via Campesina – Brasil.

Juventude Comunista Avançando – Brasil.

Marcha Mundial das Mulheres.

Coordenação: Representante da União da Juventude Comunista.


16 HORAS E TRINTA MINUTOS – PAINEL sobre o XVII Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes – África do Sul.

REALIZAÇÃO:
União da Juventude Comunista – Brasil.

APOIO:
Diretório Acadêmico do ICEX – UFMG.
Diretório Acadêmico da FAE – UEMG.
Associação Cultural José Marti – MG.
Comitê Mineiro do Fórum Social Mundial.
Casa da América Latina.
Instituto Caio Prado Junior.
Fundação Dinarco Reis.

INSCRIÇÕES:
E-mail: semsolidariedadeinternacional@gmail.com. Envie somente o nome completo, instituição onde trabalha/estuda, organização política em que milita, se por o caso, e o número do telefone.

Maiores Informações: 31-32016478 / 31-84157977

sábado, 13 de novembro de 2010

CONSTRUIR A INTERSINDICAL, FORTALECER A UNIDADE CLASSISTA: TAREFAS DOS JOVENS TRABALHADORES!

INTERSINDICAL Instrumento de Luta dos Trabalhadores Brasileiros


imagemCrédito: Unidade CLassista - UC
Encontro da Intersindical
O momento em que se realiza esse Encontro da Intersindical representa um ponto de retomada das lutas da classe trabalhadora em todo o mundo. Na Europa, a retomada das lutas surge como resposta aos projetos da burguesia de fazer com que as massas paguem o preço da crise pela imposição de um conjunto de contra-reformas. Para sanar a crise do capital, os governo da União Européia, inclusive aqueles que nominalmente se dizem socialistas ou social-democratas (caso da Espanha e Grécia), apresentam como saída um profundo corte nos gastos públicos, cujos impactos se farão sentir na demissão de funcionários públicos e em uma nova reforma de previdência social que dificultará ainda mais o acesso à aposentadoria. É em reação a tais planos de ajuste que os trabalhadores europeus, especialmente os da França e Grécia, têm protagonizado grandes lutas de massa, realizando em curto período de tempo várias greves gerais.
É importante considerarmos que a magnitude dos ataques contra os trabalhadores pode representar o começo do fim das ilusões com a social-democracia e com a construção de um Estado de bem-estar social. Esse movimento poderá abrir uma nova conjuntura mundial onde os trabalhadores, em reação aos ataques sofridos, adquiram um protagonismo capaz de oferecer saídas alternativas a ordem capitalista. Em outras palavras, dentro da impossibilidade do capital superar a crise sem retirar direitos, podemos estar assistindo o aparecimento de uma retomada das lutas operárias de orientação anticapitalista.
Mas os ataques do capital não se resumem apenas ao âmbito da esfera econômica e na retirada de direitos dos trabalhadores. A crise também aumenta a agressividade do capitalismo, que tendo à frente o imperialismo norte-americano, acena com a possibilidade de novas guerras como forma de manter a produção aquecida e, assim, superar a crise. Tais fatos demonstram que o capitalismo a cada dia se torna uma ameaça à existência da espécie humana, precisando ser urgentemente derrotado para não sucumbirmos num aumento ainda maior da barbárie e de uma crise de dimensões ainda maiores.
No Brasil, a crise econômica não atingiu o mesmo nível das economias centrais. Nem por isso os ataques aos trabalhadores foram menores. As demissões, a rotatividade da força de trabalho como forma de reduzir salários e direitos, as terceirizações e as mudanças na legislação trabalhista continuam se aprofundando, com os argumentos oportunistas de que são medidas “necessárias para fazer frente e defender a economia brasileira da crise internacional”. Isso deixa claro que para o capital, quem sempre deve pagar o preço de sua crise são os trabalhadores. Além das demissões, os efeitos da crise no Brasil foram sentidos pelos trabalhadores de outra forma, pela intensificação, para os que ficaram na produção, do ritmo de trabalho e no grau de exploração.
Enquanto o capital recebeu gordos benefícios por parte do Estado para não verem seus lucros diminuídos, aos trabalhadores restou amargar o desemprego, a intensificação da exploração e medidas paliativas como o aumento de parcelas do seguro desemprego. Isso mostra que tanto no Brasil como no mundo, a ação do Estado capitalista, no sentido de salvar o lucro das empresas, jogou por terra toda a cantilena neoliberal do Estado mínimo. Diante da crise o Estado foi máximo, agindo para salvar os interesses do capital.
A nova presidente eleita já demonstrou que aprofundará as medidas de ajuste fiscal e de medidas macroeconômicas de interesse do capital, podendo também aprofundar a já precária condição do trabalho em nosso país, dando continuidade ao ciclo de contra-reformas que poderão atingir a previdência social, os direitos trabalhistas e aprofundar ainda mais as precárias condições para a venda da força de trabalho.
Esse quadro de ataque aos nossos direitos previsto para o próximo período encontra o movimento sindical dividido e fragmentado. De um lado, o campo abertamente governista, formado por centrais sindicais pelegas e neopelegas (CUT, Força Sindical, UGT, CTB e NCST), cuja lealdade ao governo é garantida pela repartição que este faz com as centrais do dinheiro do imposto sindical. Estas centrais, durante a crise, foram cúmplices e participantes ativos dos ataques promovidos pelo capital contra os trabalhadores, ao assinarem acordos que rebaixavam direitos, como salários, em nome da manutenção dos empregos. De outro, há um campo antigovernista, (formado pela Intersindical, pela Conlutas, e por organizações sindicais ligadas ao Psol) herdeiro de uma concepção classista e combativa, que busca reorganizar o movimento da classe, mas que se encontra dividido e fragmentado.
Os trabalhadores brasileiros, em sua rica história de lutas, vivenciaram diversas experiências organizativas. Todas essas experiências refletiram o momento histórico vivido pela luta dos trabalhadores e o seu grau de organização. Tiveram o seu surgimento, existência e desaparecimento condicionados pela necessidade histórica de os trabalhadores construírem as suas organizações para enfrentar o capital, naquele estágio da luta de classes.
A superação dos limites organizativos impostos pelo Estado, com a circunscrição dos sindicatos à representação das respectivas categorias, sempre foi bandeira do movimento sindical em nosso país. A luta pela liberdade e autonomia sindicais sempre esteve presente na pauta da classe trabalhadora.
Do bojo da CUT surgem duas experiências organizativas dos trabalhadores no país: a Intersindical e a Conlutas. A Intersindical foi fundada pelos setores que romperam com a CUT no processo congressual dessa entidade no ano de 2006. A Intersindical surgiu como um instrumento de organização e luta dos trabalhadores. Participaram de sua fundação a Unidade Classista - PCB, a ASS e as correntes do PSOL que não faziam parte da Conlutas: a APS, o Enlace e o Csol. Mesmo sem organização em todos os estados, a Intersindical teve um papel relevante nas lutas do último período.
Em 2008, no II Encontro Nacional da Intersindical, em São Paulo, após um profundo debate sobre a oportunidade ou não de se criar a Central Sindical naquele momento, precipitou-se uma fissura nesse encontro, tendo como eixo norteador a continuidade da Intersindical ou a unificação com a Conlutas. As correntes do PSOL optaram pela estratégia de unificação com a Conlutas, o que redundou na convocatória para o Congresso de Santos, em 05 e 06 de junho deste ano. Por outro lado, os comunistas, a ASS e independentes optaram por reforçar a Intersindical como instrumento de organização e luta dos trabalhadores.
O Congresso de Santos, que teria como objetivo principal a unificação da Conlutas com as correntes do PSOL que reivindicam a Intersindical, terminou com a retirada dessas correntes, juntamente com Unidos pra Lutar e do Movimento Avançando Sindical. O fracasso da tentativa de unificação tem causas que transcendem o Congresso e evidenciam as contradições de concepção de central, da metodologia de sua construção e de condução do processo em si.
A UC contrapôs à concepção de central sindical e popular defendida pela Conlutas, a necessidade de uma organização que expresse a intervenção dos trabalhadores enquanto classe, tendo como mote a contradição capital-trabalho. Os movimentos contra a opressão – anti-racismo, gênero, diversidade sexual – devem ser entendidos pelo ponto de vista de classe. Essas questões são importantes, mas são dimensões da exploração e da opressão do capital sobre o trabalho. Sem essa compreensão, os movimentos contra a opressão se tornam movimentos de busca por melhores condições de participação na dinâmica do sistema capitalista.
Todas as experiências organizativas dos trabalhadores brasileiros refletiram uma necessidade colocada pelo grau de mobilização do movimento operário. Apesar de lutas significativas de diversos ramos e categorias, a mobilização da classe trabalhadora não possui ainda um caráter nacional. A necessária unidade de ação do conjunto da classe é uma tarefa para este momento. Para tal, a ação da central supera o puro e simples economicismo. Ultrapassa, também, as manifestações espontâneas dos trabalhadores. A ação econômica, sem politização, descamba no peleguismo e na adaptação do movimento operário ao jogo da concorrência capitalista. Ou seja, não bastam conquistas salariais e de melhores condições de trabalho. Também é importante superar o obreirismo, evitando a divisão entre setor público e privado, situação formal ou informal, lutas da cidade e do campo.
O patamar da luta de classes no Brasil coloca para os trabalhadores a necessidade da construção de uma Central Sindical Classista. O maior patrimônio do movimento operário é a sua unidade. Mas essa unidade não pode ser construída burocraticamente. Promover essa unidade de ação é responsabilidade dos setores que se reivindicam de vanguarda. Nós da UC estamos dispostos a participar de todas as discussões necessárias à construção da unidade de ação e do programa capazes de nortear o caminho para a efetiva criação da Central Sindical Classista, uma central autônoma frente ao governo e ao patronato, que tenha centro nas organizações sindicais da classe trabalhadora. A construção dessa central não pode ser fundada por mero ato de vontade. Sua concepção tem que ser debatida a fundo entre as organizações da classe e não pode se submeter apenas às disputas entre partidos e correntes. A Central surgirá como uma construção da luta dos trabalhadores em nosso país, juntamente com a sua vanguarda, organizada na unidade de ação.
Nesse sentido, fortalecimento da Intersindical - instrumento de organização e luta dos trabalhadores – passa pela firme determinação de ampliar a luta dos trabalhadores, contra o capital, desde a base, e com todas aquelas organizações sindicais classistas que, nesse difícil momento, lutam para resistir aos ataques do capital e para avançar nas conquistas. Para o fortalecimento da Intersindical, devemos buscar garantir a participação de todas as organizações que entendem a necessidade de construção de uma Central Sindical Classista surgida da ação e do debate entre as diversas forças representativas da classe trabalhadora, que se dedicam de fato à unidade e à organização da classe no enfrentamento ao capital e na perspectiva da construção da sociedade socialista em nosso país.
UNIDADE CLASSISTA/PCB
Fonte: www.pcb.org.br

Tendências globais de emprego para a juventude - 2010

Abaixo importantes informações sobre o impacto da crise econômica mundial no aumento do número de jovens desempregados, segundo a própria OIT (Organização Internacional do Trabalho) o maior da história. 
Tendências Globais de Emprego para a Juventude - 2010
Crise econômica mundial causou um aumento recorde do desemprego de jovens, diz a OIT

GENEBRA (Notícias da OIT) - A taxa de desemprego juvenil atingiu seu maior nível já registrado e deverá aumentar até o final de  2010, disse a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em um novo relatório divulgado para coincidir com o lançamento do Ano Internacional da Juventude da ONU, em 12 de agosto. 


O relatório da OIT  - Tendências Mundiais de Emprego para a Juventude -  2010  - diz que de cerca de 620 milhões de jovens economicamente ativos com idade entre 15 e 24 anos, 81 milhões estavam desempregados no final de 2009 - o número mais elevado já registrado. Este número  é de 7,8 milhões de jovens a mais do que o número global registrado em  2007. A taxa de desemprego dos jovens aumentou de 11,9 por cento em 2007 para 13,0 por cento em 2009. O estudo acrescenta que estas tendências terão "consequências significativas para os jovens e as gerações futuras vão engrossar as fileiras dos desempregados já" e alerta para o risco "de um legado de crise de uma ‘geração perdida’, composta de jovens que abandonaram o mercado de trabalho, tendo perdido toda a esperança de serem capazes de trabalhar para uma vida decente ". 


Segundo as projeções da OIT, a taxa de desemprego global de juventude deverá continuar a aumentar durante o ano de 2010, para 13,1 por cento, seguida por um declínio moderado para 12,7 por cento em 2011. O relatório também aponta que a taxa de desemprego dos jovens revelou-se mais sensível à crise do que as taxas de adultos e que a recuperação do mercado de trabalho para homens e mulheres jovens provavelmente ficará atrás da dos adultos. O relatório indica que nos países desenvolvidos e de algumas economias emergentes, o impacto de crise sobre a juventude é sentida principalmente em termos de aumento do desemprego e os riscos sociais associados com o desânimo e inatividade prolongada. 


O relatório da OIT assinala que nas economias em desenvolvimento, onde 90 por cento dos jovens vivem, os jovens são mais vulneráveis ao subemprego e à pobreza. Segundo o relatório, nos países de baixa renda, o impacto da crise é mais sentido nas horas mais curtas de trabalho e na redução de salários para os poucos que mantêm empregos assalariados e no aumento do emprego vulnerável em uma economia com um número cada vez maior de empregos informais. O relatório estima que 152 milhões de pessoas jovens, ou cerca de 28 por cento de todos os trabalhadores jovens do mundo, tinham trabalho mas estavam em situação de extrema pobreza, em famílias que sobreviviam com menos de US$ 1,25 por pessoa por dia em 2008. 



"Nos países em desenvolvimento, a crise permeia o cotidiano dos pobres", disse o diretor geral da OIT Juan Somavia. "As consequências da crise econômica e financeira ameaçam agravar os pré-existentes déficits de trabalho decente entre os jovens. O resultado é que o número de jovens em trabalhos precários cresce e este ciclo pode persistir por pelo menos mais uma geração." O relatório da OIT explica como o desemprego, o subemprego e o desânimo podem ter um impacto negativo a longo prazo sobre os jovens, comprometendo as suas perspectivas futuras de emprego. O estudo também destaca o custo da ociosidade entre os jovens, dizendo: "as sociedades perdem seus investimentos em educação. Governos deixam de receber contribuições para os sistemas de segurança social, e são forçados a aumentar os gastos com serviços de reparação". 


"Os jovens são os motores do desenvolvimento econômico", disse Somavia. "Antecedente esse potencial é um desperdício econômico e pode minar a estabilidade social. A crise é uma oportunidade para reavaliar as estratégias para enfrentar os graves inconvenientes que os jovens enfrentam quando entram no mercado de trabalho. É importante se concentrar em estratégias globais e integradas que combinem educação e formação, com políticas de emprego orientadas para a juventude. " "Hoje, a ONU está lançando o Ano Internacional da Juventude. Através do diálogo e da compreensão mútua, estaremos em melhor posição para influenciar as políticas viáveis que respondam às necessidades e aspirações dos jovens para o trabalho decente ", acrescentou. 


Principais resultados das tendências do mercado de trabalho para jovens em nível global: 


 Entre 2007 e 2009, o desemprego dos jovens aumentou para 7,8 milhões (1,1 milhão em 2007/08 e 6,7 milhões em 2008/09). Em comparação, ao longo do período de dez anos antes da crise atual (1996/97 a 2006/07), o número de jovens desempregados aumentou, em média, 191 mil por ano.  A taxa de desemprego juvenil global subiu de 11,9 para 13,0 por cento entre 2007 e 2009. Entre 2008 e 2009, a taxa aumentou em 1 ponto percentual, marcando a maior variação anual sobre os 20 anos de estimativas disponíveis global e invertendo a tendência pré-crise das taxas de desemprego juvenil, que estavam em declínio desde 2002. 


 Entre 2008 e 2009, o número de jovens desempregados aumentou 9,0 por cento, em comparação com um aumento de 14,6 por cento no número de adultos desempregados. Em termos das taxas de desemprego, no entanto, o impacto sobre a juventude tem se mostrado maior do que entre os adultos. A taxa dos jovens aumentou de 1,0 ponto percentual em comparação com 0,5 ponto da taxa dos adultos ao longo de 2008/09.  Em 2008, os jovens representaram 24 por cento dos pobres do mundo de trabalho, diante de 18,1 por cento do emprego total global. 


 As mulheres jovens têm mais dificuldade do que os homens jovens para encontrar trabalho. A taxa de desemprego das mulheres jovens em 2009 foi de 13,2 por cento em comparação com a taxa masculina de 12,9 por cento (uma diferença de 0,3 pontos percentuais, a mesma diferença observada em 2007).  As projeções apontam para uma recuperação mais lenta para os jovens em comparação com os adultos. Os números de desemprego dos jovens e as taxas deverão diminuir somente em 2011. A OIT prevê um aumento contínuo do desemprego juvenil global para uma alta histórica de 81,2 milhões e uma taxa de 13,1 por cento em 2010. No ano seguinte, a expectativa é de que ocorra uma diminuição para 78,5 milhões com uma taxa de 12,7 por cento. Enquanto isso, em relação aos adultos é esperado um pico em 2009 de 4,9 por cento e, em seguida, declínio de 0,1 ponto percentuai entre 2010 e 2011 (para 4,8 e 4,7 por cento, respectivamente). 


Tendências regionais: 


 As taxas de desemprego entre os jovens aumentaram 4,6 pontos percentuais em economias desenvolvidas e na União Européia entre 2008 e 2009 e 3,5 pontos na Europa Central e Sudeste da Europa (não UE) e na ex-União Soviética. Estes são os maiores aumentos anuais das taxas de desemprego dos jovens já registradow em toda a região. A taxa de desemprego entre os jovens de 17,7 por cento em 2009, nas economias desenvolvidas e na União Europeia é o maior já registrada desde que estimativas regionais estão disponíveis (desde 1991).  Na maioria das regiões, as mulheres jovens continuam a ser as mais atingidas pelo desemprego. Somente nas Economias Desenvolvidas e na União Europeia os mais afetados eram homens jovens. O aumento da taxa de desemprego dos jovens do sexo masculino entre 2007 e 2009 foi de 6,8 pontos percentuais em comparação com 3,9 pontos para as mulheres jovens. 


 Em alguns países, incluindo  Espanha e Reino Unido, houve um aumento na inatividade entre os jovens nos anos de crise. Isto implica um aumento de desânimo, em que o desemprego crescente levou alguns jovens a desistir da busca de trabalho.  Nas economias em desenvolvimento, a crise aumenta as fileiras do emprego vulnerável e no setor informal. Não há evidências de tal aumento na América Latina, onde entre 2008 e 2009 o número de trabalhadores por conta própria aumentou 1,7 por cento e o número de trabalhadores familiares 3,8 por cento. A região também experimentou um aumento na proporção de adolescentes envolvidos em emprego no setor informal durante a crise. 


 Para quase todas as regiões, ligeiras melhorias estão previstas, em comparação com os anos de pico de desemprego (2010 na maioria dos casos). Só no Oriente Médio e Norte da África as taxas de desemprego juvenil deverão continuar em um caminho ascendente em 2011. A maior queda (de 1 ponto percentual) da taxa de desemprego juvenil é esperada para a Europa Central e Sudeste da Europa (fora da UE) e países da ex-União Soviética. A taxa projetada para 2011 para as economias desenvolvidas e da União Européia representaria um decréscimo de 0,9 ponto percentual em relação ao ano anterior. No entanto, a taxa projetada de 18,2 seria a maior já vista desde o período pré-crise (1991-2007).

Fonte: www.oitbrasil.org.br