terça-feira, 25 de janeiro de 2011

SOLIDARIEDADE A PALESTINA


Solidariedade e Luta junto ao povo Palestino: tarefa dos jovens comunistas

O ano de 2011 se coloca como um período fundamental para o aprofundamento dos laços de solidariedade entre a juventude comunista brasileira e as lutas que seguem sendo travadas heroicamente pelo povo palestino. Essa bandeira não pode parecer algo retórico ou evasivo. Deve ser a semente de uma série de ações de solidariedade e denúncia dos crimes contra a humanidade do Estado Sionista de Israel, desenvolvidas de forma permanente. Devemos cavar uma infinidade de trincheiras para combater as políticas belicistas de um estado terrorista, racista, retrógrado e nazi-sionista como o de Israel.

As tarefas para derrotar o colonialismo israelense, sustentado pelo seu tutor e seu parceiro de matanças, o Imperialismo Estadunidense, são imensas e não podem ser deixadas para amanhã. Um jovem comunista pode se questionar sobre quais tarefas deve realizar além da produção de solidariedade, da divulgação em blogs e nos meios de comunicação alternativos e da realização de palestras e debates contra os crimes sionistas e a favor da resistência heróica dos palestinos? O que pode ser feito, para a partir da nossa realidade, conseguirmos contribuir de forma efetiva na solidariedade ao povo palestino?

As opções colocadas acima não devem parecer menores ou menos eficazes, são fundamentais para que a rede de solidariedade se expanda e para que cada vez mais pessoas tenham informações verdadeiras sobre o que acontece na Palestina. Mas começar enfrentando problemas presentes em nosso país pode ser um bom começo, como a denúncia e o combate as políticas desenvolvidas pelo governo brasileiro derrotadas podem causar um impacto significativo no avanço da luta do povo palestino.

A começar pelo desvendamento da suposta “ação de solidariedade” do governo brasileiro em reconhecer formalmente o Estado Palestino nas fronteiras anteriores à guerra de 1967. Se por um lado tem um papel diplomático importante e contribui a pressão internacional pela criação efetiva do Estado Palestino, de outro deve ser analisada na balança de relações que o Estado Brasileiro tem desenvolvido com o Estado de Israel.

Vamos aos fatos. Israel considera o Brasil como uma “nação amiga”, não por identificação ou por humanismo, mas sim por negócios. Durante o governo Lula o comércio entre os dois países quadriplicou. Sendo que três quartos do valor total das transações comerciais origina-se de exportações israelenses. Ou seja, o Brasil através do comércio bilateral envia milhões de dólares anualmente para o Estado de Israel, em outras palavras, manda combustível para a máquina de matar sionista.

Durante o governo Lula, Israel assinou um tratado de livre-comércio com o MERCOSUL, (sendo o primeiro país fora da América Latina a assinar este tipo de acordo), sendo que mais de 50% das exportações israelenses para a América Latina tem como destino o Brasil. Lula foi o primeiro presidente brasileiro a colocar os pés em Israel e recebeu o presidente israelense Shimon Peres, depois de quase quarenta anos sem o país receber o representante máximo do sionismo.

Além desses dados, já extremamente condenáveis, há ainda um componente nesta relação (que tende a se aprofundar nos próximo anos) que diz respeito aos acordos e negócios envolvendo material bélico. No ano de 2009, o Brasil comprou 15 Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANTs) de Israel, e a presidenta Dilma Roussef, reiteradas vezes durante a campanha eleitoral, afirmou que pretende aumentar a vigilância das fronteiras brasileiras adquirindo mais destes equipamentos. O “excelentíssimo” ministro da defesa Nélson Jobim, em visita a Israel, no ano passado, afirmou que a aquisição de novos VANTs, está vinculada a estratégia brasileira, e que são os melhores equipamentos para monitorar a Amazônia e o Pré-sal. Não é a toa que no dia 19 deste mês foi divulgada a compra de aviões pela Força Aérea Brasileira (FAB) de teleguiados do modelo Hermes 450, fabricados pela empresa israelense Elbit Systems, sendo que a quantidade e os valores não foram revelados.

Mas estas relações vão além, o governo do estado do Rio de Janeiro, cujo governador é fiel aliado da presidenta Dilma, possui um acordo com Israel para a aquisição de armas, como os “caveirões”, coletes e armamentos de origem israelense. A cereja no bolo desta relação nefasta consiste na busca de parceria do governo brasileiro com Israel para “organizar” a segurança pública em eventos como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Em novembro do ano passado uma delegação de 70 brasileiros ligados a segurança pública estiveram em Israel para aprender o que há de mais moderno nas tecnologias de repressão e extermínio israelenses.

Um peso e duas medidas. Enquanto o Estado Palestino recebe como apoio do Estado Brasileiro a assinatura de um documento, o Estado Nazi-Sionista de Israel recebe milhões de dólares em negócios, que o permitem estender sues tentáculos terroristas no território brasileiro. Tudo com a complacência e o incentivo do Governo Federal.

A denúncia desta relação Brasil-Israel é uma das principais tarefas dos jovens comunistas na solidariedade ao povo palestino, denunciar não só os crimes de Israel, como também daqueles que o sustentam, seus aliados, parceiros e “amigos”, como é o caso do Estado Brasileiro. A luta e a solidariedade junto ao povo palestino deve se aprofundar neste ano de 2011. A tarefa é árdua contra um inimigo poderoso, mas os jovens comunistas saberão cumprir!

Abaixo as principais bandeiras de luta que devemos empunhar este ano:

- Denuncia dos acordos e das relações comerciais e militares entre o Brasil e Israel;
- Boicote acadêmico, cultural, econômico e diplomático ao estado de Israel;
- Pelo fim do Muro da Vergonha que segrega o povo palestino;
- Pelo fim do colonialismo sionista, com o retorno imediato das famílias palestinas as suas terras;
- Solidariedade com os mais de 7 mil presos políticos palestinos que vivem em condições precárias em cárceres israelenses;
- Pela reparação imediata e compensação por toda destruição executada pelas forças de ocupação israelenses na Faixa de Gaza;
- Derrotar o Estado Terrorista de Israel!
  
 

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